Sanofi Pasteur, importante produtora de vacinas, anunciou nos Estados Unidos que não usará linhagens celulares de bebês abortados para sua vacina contra a poliomielite, uma decisão acolhida por vários líderes católicos, como Dom Joe Vásquez, Bispo de Austin, no estado do Texas.

“Quero dar-lhes boas notícias no mundo das vacinas. Recentemente, a Food and Drugs Administration - FDA dos Estados Unidos [agência governamental que supervisiona alimentos e medicamentos] aprovou a solicitação do fornecedor farmacêutico Sanofi Pasteur para interromper o uso de linhagens celulares de fetos abortados conhecidas como MRC-5 e começar a usar linhagens celulares éticas de origem animal para as suas vacinas contra a poliomielite”, escreveu Dom Vásquez em uma mensagem pastoral aos fiéis em 8 de setembro.

"Agradeço publicamente à Sanofi Pasteur por esta decisão, bem como à FDA por sua aprovação", disse o Prelado.

O Bispo de Austin juntou-se assim a outros líderes católicos que saudaram a decisão da Sanofi Pasteur, uma das três maiores produtoras de vacinas do mundo.

Segundo informa CNA, agência em inglês do Grupo ACI, o diretor associado do Secretariado de Atividades Pró-Vida do Episcopado dos EUA, Greg Schleppenbach, enviou, em 2 de setembro, um memorando às conferências episcopais estatais e aos diretores diocesanos de atividades pró-vida para informar sobre a decisão da Sanofi Pasteur.

A Sanofi Pasteur explicou que não usará mais linhagens celulares de bebês abortados para suas vacinas contra a pólio Pentacel e Quadracel. Também indicou que não usará mais a vacina Poliovax, que tem a sua origem no aborto eletivo.

Para substituir a Poliovax, será utilizada a vacina IPOL, cuja origem não é contrária à ética.

Da mesma forma, e desde o início de sua pesquisa para encontrar uma vacina para a COVID-19, a Sanofi Pasteur decidiu não usar linhagens celulares relacionadas ao aborto eletivo.

Em sua mensagem, Dom Vásquez lembrou que “a Pontifícia Academia para a Vida pede à Igreja que continue trabalhando para que as futuras vacinas e outros medicamentos não se originem da cooperação com práticas que violam a vida humana”, como o aborto.

“A Academia defende que todas as pessoas devem recorrer, sempre que possível, a vacinas alternativas produzidas moralmente, exortando os católicos a pedirem às autoridades políticas e aos sistemas de saúde de todo o mundo que façam vacinas segundo o Evangelho da vida e que estejam disponíveis para todos”.

O Bispo de Austin também comentou que a Igreja nos Estados Unidos continua exortando "a FDA a garantir que uma vacina contra a COVID-19 seja produzida sem cumplicidade com o aborto".

"A decisão da Sanofi Pasteur é um sinal encorajador de que as empresas com fins lucrativos que criam vacinas estão começando a reconhecer que não precisam usar linhagens celulares derivadas de bebês abortados", ressaltou.

O Prelado pediu que “neste momento complexo de nossa história”, as pessoas possam “divulgar esta grande notícia e oferecer suas próprias palavras de agradecimento à Sanofi Pasteur”.

“Este é um exemplo de que a missão da Igreja apoia o avanço científico que defende a dignidade da pessoa humana e o dom precioso da vida humana”, afirmou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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