Diante do incêndio florestal que até o momento deixou 62 mortos em Portugal, a Igreja no país está se mobilizando para expressar sua solidariedade às vítimas e seus familiares e busca ajudar as regiões atingidas.

O fogo se originou como consequência da queda de um raio. A onda de calor intenso que está afetando a península ibérica e outras regiões europeias há alguns dias dificulta as ações de extinção e facilita sua rápida propagação.

Muitas das vítimas foram atingidas nas estradas da região, rodeadas por uma abundante vegetação, onde vários veículos ficaram presos.  Além disso, muitas aldeias do local ficaram completamente arrasadas, por isso, há famílias inteiras que perderam seu lar.

O número de focos de incêndio foi reduzido a 35 no domingo à noite, mas, conforme assinalam as autoridades portuguesas, a situação ainda é “preocupante”.

De acordo com o balanço mais recente, foram registrados 62 mortos e 62 feridos, entre os quais cinco em estado grave, uma criança e quatro bombeiros. Entretanto, não é descartada a possibilidade de encontrarem outras vítimas.

No domingo, 18 de junho, o reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas, expressou que não se pode, “de modo algum, ficar indiferentes diante desses acontecimentos”. Assim, pediu que “em todas as celebrações oficiais do Santuário se reze pelas vítimas mortais e seus familiares bem como pelos feridos”.

“Acompanhamos as vítimas, os desalojados, os feridos e os que perderam algum ente querido com a nossa oração, mas também materialmente iremos disponibilizar ajuda monetária”, declarou o sacerdote na Sala de Imprensa do Santuário.

Segundo ele, assim que possível, irá se concretizar “esta ajuda para poder fazer face às necessidades daqueles que foram tão duramente atingidos por esta tragédia”.

Pe. Cabecinhas lamentou que, “ao drama já habitual dos incêndios” que há tempos atingem regiões de Portugal nesse período do ano, “junta-se agora a tragédia da perda de vidas humanas e de perdas tão elevadas”.

Também a Cáritas portuguesa está se mobilizando para prestar solidariedade aos atingidos pelo incêndio. A entidade está acompanhando a situação no local, juntamente com Pe. Luís Costa, presidente da Cáritas diocesana de Coimbra, cuja diocese abrange várias áreas afetadas.

“As circunstâncias altamente dramáticas e anormais, bem como, a dimensão dos estragos causados pelos vários fogos que durante o dia de hoje atingiram o nosso país, levam a Cáritas Portuguesa a avançar com a abertura de uma conta solidária para apoiar todas as vitimas dos incêndios”, informou em um comunicado publicado na tarde de domingo em seu site.

Além de Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos, áreas mais atingidas, os recursos angariados pela Cáritas serão destinados a várias populações onde o incêndio tem deixado “marcas de destruição”, afirmam.

A instituição já disponibilizou também uma verba de 200 mil euros, que tem como objetivo o apoio imediato às primeiras necessidades que afetam as populações.

Outra ação promovida pela entidade é a coleta de lençóis e cobertores de verão, atoalhados e roupa de criança para as centenas de pessoas desalojadas que foram acolhidas em locais provisórios.

A conta destinada a angariar os recursos para ajudar os atingidos é: Conta Cáritas (Caixa Geral de Depósitos): 0001 200000 730 / IBAN PT50 0035 0001 00200000 730 54.

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