O hospital pediátrico Bambino Gesù informou que, na manhã de 28 de dezembro, os primeiros 30 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, receberam a vacina contra a COVID-19.

São médicos e enfermeiros que depois trabalharão diretamente na vacinação de outros profissionais de saúde do hospital expostos ao risco de contágio da SARS-CoV2.

A presidente do hospital, Mariella Enoc, sublinhou que “é um momento histórico para o país e para o hospital” e acrescentou que a vacinação dos primeiros profissionais de saúde “é um sinal de esperança que nos convida a continuar com mais confiança a nossa batalha contra este terrível vírus que causou transtorno em nossas vidas”.

Nesse sentido, Enoc disse que “devemos ser muito gratos aos cientistas e ter confiança na pesquisa, que deve ser apoiada financeiramente, começando pelos pesquisadores jovens”.

A primeira médica que recebeu a vacina, Anna Chiara Vittucci, destacou que “a vacinação é um dever de todos os profissionais de saúde, especialmente para nós que trabalhamos no Hospital Pediátrico Bambino Gesù, pelo respeito aos nossos pequenos pacientes”, por isso incentivou todos a se vacinarem - quando possível - "na esperança de que tudo isso nos faça voltar a uma vida normal".

A Itália começou a vacinação no domingo, 27 de dezembro. De acordo com o plano de vacinação da região do Lácio, as doses para os primeiros 30 vacinados foram entregues ao hospital Bambino Gesù pelo hospital Spallanzani de Roma.

“Assim que as próximas doses estiverem disponíveis, começará a atividade de vacinação imediatamente para os outros profissionais do Bambino Gesù”, informou o hospital.

Em 21 de dezembro, o Vaticano publicou uma nota da Congregação para a Doutrina da Fé na qual se pronuncia sobre a moralidade das vacinas contra a COVID-19 após várias controvérsias na opinião pública.

No texto, a Congregação para a Doutrina da Fé pede “tanto às empresas farmacêuticas como às agências governamentais de saúde para "produzir, aprovar, distribuir e oferecer vacinas eticamente aceitáveis que não criem problemas de consciência, nem aos profissionais de saúde, aos próprios vacinados”.

Por sua vez, o Papa Francisco solicitou no dia 25 de dezembro, em sua mensagem de Natal, antes de dar a bênção "Urbi et Orbi", "vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis".

“Peço a todos, nomeadamente aos líderes dos Estados, às empresas, aos organismos internacionais, que promovam a cooperação, e não a concorrência, na busca duma solução para todos: vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis e necessitados em todas as regiões da Terra. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis e necessitados!”, indicou o Papa.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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