Um jovem de apenas 24 anos foi assassinado em Chihuahua (México) no final do mês de fevereiro, em um episódio que as autoridades consideram um “possível rito satânico”. Até o momento, há quatro implicados no crime de Edwin Miguel Juárez Palma, a quem seus assassinos haviam oferecido convertê-lo em um vampiro.      

                                                       

Segundo o relatório da Fiscalização Geral do Estado (FGE) de Chihuahua, os acusados – três homens e uma mulher, entre 18 e 25 anos – “professam o satanismo” e realizaram “dentro do Ciber Café um rito de iniciação no qual decidiram ter como vítima o seu amigo Edwin Miguel Juárez Palma”.

De acordo com FGE de Chihuahua, os quatro acusados levaram a sua vítima “mediante enganos, o agarraram pelas mãos e o enganaram dizendo que seria iniciado na seita chamada ‘filhos de bafamed l’, sem saber que seria o ‘sacrifício’, para o qual bateram nele e provocaram feridas com uma garrafa de vidro a fim de causar a sua morte”.

Em declarações recolhidas pela imprensa local, o diretor geral da Polícia Estatal, Pablo Rocha Acosta, explicou que o jovem solicitou participar do rito “para ressuscitar como vampiro”.

Em declarações ao Grupo ACI, o Pe. José Antonio Fortea, famoso exorcista e perito em demonologia, advertiu que “a moda do vampirismo é algo que se aproxima muito ao satanismo”.

Esta moda, explicou, “não se trata somente de gostar do escuro, mas gostar do maligno, uma estética unida a toda uma forma de ver a vida”.

“O vampirismo aproxima totalmente à adoração do demônio”, assinalou.

Chihuahua é um dos estados mais atingidos pela violência do narcotráfico no México. Sua cidade mais povoada, Ciudad Juárez, foi considerada até 2011 como a cidade mais violenta do mundo pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal.

Nesse ano, a violência liderada pelo Grupo de Juárez provocou mais de 3 mil mortes. No relatório publicado neste ano – que recolhe as cifras de assassinatos produzidos em 2015 – a cidade mais povoada de Chihuahua desapareceu do ranking, depois de ocupar o 27º lugar no ano passado.

O Pe. Fortea destacou a relação entre uma sociedade submergida na violência e o crescimento do satanismo.

“Quanto mais uma sociedade se afasta dos caminhos de Deus, mais casos de satanismo aparecem. Quanto mais cristã é uma nação, menos casos de adoração ao demônio existem”, assinalou.

O sacerdote espanhol explicou ainda que não é possível chegar ao satanismo de forma espontânea, mas através de um processo de “degradação moral”.

“Uma pessoa somente adora o demônio quando chega no final de todo um processo de degradação moral. Existe uma enorme diferença entre seguir as próprias paixões e participar de um rito satânico”, explicou.

O Pe. Fortea, que coordenou o Exorcismo Magno celebrado na Arquidiocese de São Luis Potosí (México) em maio do ano passado, assinalou que “a realização de exorcismos sobre nações inteiras, ao modo do Exorcismo Magno, põe barreiras na ação do demônio”.

“Mas, infelizmente, esse exorcismo não serve para evitar que quem já está degradado moralmente possa aproximar-se do mal para pedir-lhe coisas”, indicou.

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