Juan Carlos Reyes Ocaña, participante em Holguín (Cuba), do Movimento Cristão Liberação (MCL), denunciou que na segunda-feira a polícia política reprimiu violentamente aproximadamente cinquenta dissidentes pacíficos de quatorze agrupamentos opositores quando se dispunham a debater "O Caminho do Povo", a iniciativa de Oswaldo Payá que propõe realizar um plebiscito para a ilha.

"Muitos desses irmãos, aproximadamente cinquenta, apanharam, foram detidos e foram conduzidos até distintas unidades da polícia. Temos casos muito sérios, como o caso de Rubier Cruz Campo do Movimento Pensamento Cívico, que apanhou, foi chutado até sangrar pelo nariz e pelos ouvidos; o caso de José Luis Soberats, que também foi agredido na mandíbula enquanto o corpo repressivo o imobilizava", denunciou Reyes Ocaña em um vídeo difundido pelo MCL.

Nesse sentido, o jornalista independente Alexei Jiménez Almarales, de Holguín, informou que entre as vítimas se encontram membros do Frente Nacional de Resistência Orlando Zapata Tamayo, da União Patriótica de Cuba, do Partido Republicano de Cuba, da Aliança Democrática Oriental, Damas de Branco, FLAMUR, entre outros.

"As detenções e violência começaram no lugar onde se debateria "O Caminho do Povo" e se estendeu a vários pontos da cidade", indicou em uma nota difundida pelo site Pedaços da Ilha.

Ante isto, Reyes Ocaña pediu à comunidade internacional "que ponha sua vista sobre o Governo cubano porque a repressão não cessa contra os opositores pacíficos. Mais uma vez dizemos ao mundo que, por favor, no ajude para que o governo não tenha mais impunidade".