O cientista italiano Giuseppe Baldacchini, especialista no Santo Sudário, afirma que o também chamado Sudário de Turim ainda não tem explicação científica e considera que a imagem impressa no tecido é verdadeira.
 
O Santo Sudário é o fragmento de tecido que envolveu o corpo de Jesus Cristo depois de sua crucificação. O tecido tem impresso o rosto e o corpo maltratados de um homem que coincide com a descrição do Senhor.
 
Em declarações à Rádio Vaticano, o especialista afirmou que como fiel da Igreja Católica “estou extremamente interessado, porque se como acredito, o Sudário é verdadeiro, todos os sinais presentes na imagem concordam muitíssimo com o que está escrito no Evangelho a respeito da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Portanto, isto deveria fazer-nos refletir sobre a veracidade deste tecido, que costuma ser colocada em dúvida por muitas pessoas”.
 
Por outro lado, como cientista e especialista em física, assegurou que tem uma enorme curiosidade por explicar a natureza do Santo Sudário. “É tudo verdadeiramente fascinante, porque quando não se consegue resolver um problema, nós gostamos de chegar até o final até encontrar as razões do por que deste fenômeno”, expressou.
 
O professor assinalou que estão procurando novas hipóteses para dar uma explicação à criação da imagem, e embora se tenha chegado à conclusão de que teria sido formada por um “flash” fora do comum, a ciência ainda não conseguiu explicar a origem desta luz.
 
“Meus estudos como físico me permitiu fazer várias hipóteses sobre a possibilidade que a imagem se deva a uma explosão de energia. E esta hipótese foi verificada em um laboratório com o uso de fontes de laser muito particulares”.
 
“Depois de um longo trabalho demostramos que na realidade, em certas condições, esta fonte laser pode produzir as imagens similares ao Sudário. É claro que com esta fonte vem simulada uma explosão de luz. Então ficou corroborado com medidas científicas que um relâmpago de luz havia produzido este Sudário”, disse.
 
Segundo a história da Igreja, os primeiros cristãos levaram consigo o Sudário para preservá-lo da perseguição. Desde Jerusalém e ao longo dos séculos, atravessaram Edesa, Constantinopla, Atenas, Lirey, Chambery e finalmente, chegaram a Turim, onde hoje em dia, foi objeto de numerosas investigações, e onde encontraram que este trajeto descrito pela história da Igreja, coincide com a procedência dos 57 tipos de pólen que aparecem incrustados no tecido.
 
Durante a sua permanência na França em 1632, o Sudário foi recuperado de um incêndio na França. Isto não permite aos cientistas de hoje datar com segurança a sua origem, já que as mudanças químicas que se produzem em uma reação química como a combustão, falsificam os resultados da prova de datação com Rádio C-14.
 
Estudos em tecidos do primeiro século expostos às mesmas condições físicas e químicas que sofreu o Sudário, demonstraram que depois da prova de C-14, variavam sua datação em diversos séculos, além disso, com resultados muito próximos aos provados no Sudário, cuja datação a situariam no décimo quarto século depois de Cristo.
 

Mais em

O Sudário de Turim será exposto em 2015
 
De 19 a 24 de junho deste ano haverá a exposição de maneira extraordinária o Sudário de Turim. O Papa Francisco visitará o Santo Sudário em 21 de junho, e além disso, aproveitará a ocasião para recordar São João Bosco, que estará sendo comemorado pelo bicentenário de seu nascimento.
 
Em referência ao Sudário de Turim, o Papa Francisco afirmou que “o homem do Sudário nos convida a contemplar Jesus de Nazaré... e nos leva a subir o Monte Calvário... a submergirmos no silêncio eloquente do amo”.