O Papa Francisco volta para Ásia cinco meses depois de sua visita à Coréia do Sul, nesta ocasião o Papa visitará Sri Lanka e Filipinas de 12 a 19 de janeiro, onde os fiéis lhe esperam com grande devoção e –no caso dos filipinos-, com orações intensas.

“Filipinos que nestes dias retornaram de seu país disseram-me ontem à noite que nestas semanas tem havido uma intensa oração uníssona em preparação para a visita do Papa”, explicou o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em declarações ao jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.

“Sabemos que os filipinos estão presentes em muitos países da Ásia, América e Europa, portanto, são muitas as potencialidades de evangelização por parte das Filipinas, o importante é que a Igreja neste país acolha esta mensagem e este impulso dado pelo Papa Francisco para ser uma Igreja em saída: uma Igreja que sente a missão de evangelização e de anúncio do Evangelho”, acrescentou.

Depois do terremoto que devastou Filipinas em 15 de outubro de 2013, o Papa escolheu como tema da viagem “Misericórdia e Compaixão”, o objetivo é mostrar misericórdia e compaixão pelas pessoas que sofrem por causa dos desastres naturais, como nas Filipinas, por injustiças estruturais como a pobreza e a corrupção, ou pelas consequências do conflito no Sri Lanka.

Para o Cardeal o significado da visita do Papa está em reconfortar as pessoas e convidá-las a darem a sua contribuição para que estas feridas e dores possam curar-se e superar-se tanto dos desastres naturais como das guerras entre irmãos.

A primeira etapa da visita do Papa na Ásia será Sri Lanka, onde, segundo o Cardeal Parolin, o papel dos católicos servirá para reconciliar e abrir o diálogo entre os cingaleses e os tâmeis, que saíram recentemente de uma guerra civil que durou 30 anos.

Os católicos “têm membros em ambas as etnias e, portanto, a Igreja conhece um pouco aquilo que existe no coração de cada um e conhece também as expectativas”, assegurou.

Por último, o Cardeal denunciou a presença de grupos extremistas que “em certa medida manipulam a opinião pública e criam tensão utilizando a religião para fins que não são claros”.