Dom Damián Iguacen Borau faleceu hoje, 24 de novembro, aos 104 anos, em Huesca (Espanha). Há alguns anos morava na residência das Irmãzinhas dos Idosos Desamparados.

Nos últimos meses, o estado de Dom Iguaçen se deteriorou consideravelmente.

Da diocese de Tenerife (Espanha) recordam que em julho passado recebeu a visita de Dom Bernardo Álvarez, Bispo de Tenerife, diocese da qual Dom Damián Iguacén foi bispo durante 7 anos.

Ao saber da morte do Bispo Iguacén, o Bispo de Tenerife manifestou as suas profundas condolências e assegurou que foi "um grande pastor que viveu entre nós, como dizia o seu lema episcopal, como último de tudo e o servidor de todos".

Como recordam da Diocese de Tenerife, em cada aniversário Dom Iguacén assegurava que era “uma graça de Deus que não sei como agradecer a não ser colocando-me inteiramente ao seu serviço”.

Breve biografia

Nasceu na cidade de Fuencalderas, Zaragoza (Espanha). Em 1941 foi ordenado sacerdote na Diocese de Huesca, momento que “depois do meu batismo, considero que foi o melhor dia da minha vida. Que o Senhor tenha me escolhido para ser ministro do seu Evangelho me conferiu outra dignidade. É algo muito grande”.

Foi nomeado Bispo de Barbastro em 1970. Quatro anos depois foi nomeado Bispo de Teruel e em 1984 Bispo de Tenerife, cargo que ocupou até 1991, quando apresentou a sua renúncia por idade.

Da Diocese de Tenerife recordam que Dom Iguacén escreveu vários comentários sobre as devoções marianas, onde destacava a importância que tem para o cristão enfrentar a vida sem amargura e também a necessidade de fazer silêncio para encontrar consigo mesmo e com Deus.

“Um cristão não pode estar de mau humor, enfrentando tudo com mau humor e pessimismo porque Jesus diz: ‘Coragem! Eu venci o mundo’. Portanto, se esse mundo inimigo do Senhor, do bem, da justiça, está vencido, não tem futuro. Essa convicção é o que deveria nos levar ao bom humor. Não significa, no entanto, que sejamos indiferentes com as coisas, mas que nenhum acontecimento é definitivo”, indicava Iguacén.

Em várias entrevistas, Dom Iguacén assegurava que era "um grande otimista". “Graças a Deus o sou. O fiel, necessariamente, tem que ser otimista. Tem que ver o bom que há e o mal que converteu em bem, porque o mal não é uma fatalidade, podemos eliminá-lo com o bem”. “Que tudo isso seja expressão de alegria interior. O Senhor nos quer contentes, alegres, não barulhentos, mas com a alegria do gozo de viver bem com Deus e com todo o mundo. Por isso a alegria é um sinal cristão”, destacava.

Além disso, destacam da Diocese de Tenerife que “partiu um pastor para a casa do Pai que deixou uma marca profunda depois de passar por estas Canárias ocidentais”.

E recordaram algumas palavras de Dom Iguacén nas quais assegurava: “Nosso tempo é este. O presente, porque o futuro também não está em nossas mãos. O plano de Deus quer que aqui, agora e com estes, sejamos bons e façamos todo o bem que pudermos. Em vez de criticar o mal, deveríamos ver o que nós podemos fazer para remediá-lo. O Senhor nos recorda ‘meu coração triunfará’”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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