O Papa Francisco afirmou, durante a Missa celebrada na manhã de hoje, na Casa Santa Marta, que as duas características principais da oração cristã são a coragem e a esperança.

Em sua homilia, o Santo Padre destacou que a liberdade também é outra característica importante da oração dos filhos de Deus. Foi o que indicou a partir da primeira leitura do dia, do Livro do Êxodo, que descreve um diálogo entre Moisés e Deus sobre a apostasia do povo de Israel.

Moisés tenta interceder pelo seu povo ante Deus, que “deixou a glória do Deus vivente para adorar um bezerro de ouro”. Moisés reza diante de Deus “sem vender a sua consciência. E Deus gosta disto. Quando Deus vê uma alma, uma pessoa que reza e reza por algo, Ele se comove”.

A atitude de Moisés é de sinceridade, “nada de propina. Eu estou com o povo. E estou contigo. Esta é a oração de intercessão: uma oração que argumenta, que tem a coragem de dizer na cara ao Senhor, que é paciente”.

“É preciso paciência na oração de intercessão: nós não podemos prometer a alguém de rezar por ele e depois concluir a coisa com um Pai-Nosso e uma Ave Maria e ir embora. Não. Se você diz rezar por outra pessoa, tem que ir por este caminho. E para isso é preciso paciência”.

O Papa insistiu: “Para a oração de intercessão, são necessárias duas coisas: coragem e paciência. Se eu quero que o Senhor ouça algo que eu peço, devo ir e bater à porta e bato no coração de Deus. Mas porque o meu coração está envolvido com isso! Mas se o meu coração não se envolve com aquela necessidade, com aquela pessoa pela qual devo rezar, não será capaz nem mesmo da coragem e da paciência”.

O Santo Padre terminou a homilia pedindo “que o Senhor nos dê esta graça. A graça de rezar diante de Deus com liberdade, como filhos; de rezar com insistência, de rezar com paciência. Mas, sobretudo, rezar sabendo que eu falo com meu Pai, e meu Pai me ouvirá”.

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