O Estado Islâmico proibiu que os últimos cristãos e armênios que vivem em Raqqa (Síria) abandonem a cidade sob nenhuma circunstância, segundo informações de RBSS (Raqqa is Being Silently Slaughered), um grupo de jornalistas que através de sua conta do Twitter informam a respeito da ocupação islâmica na cidade.

Segundo RBSS, o Estado Islâmico proibiu a saída das poucas famílias cristãs e armênias com a intenção de usá-los como escudos humanos ou reféns ante o avanço do exército sírio. Graças à ajuda da Rússia, as forças de Al-Assad conseguiram recuperar cidades estratégicas como Palmira, e Raqqa é o próximo lugar que o Estado Islâmico quer atacar.

Em Raqqa permanecem 43 famílias cristãs, muito pobres para abandonar a cidade que o Estado Islâmico invadiu desde março de 2013. Antes da guerra começar, os cristãos representavam 10% da população síria, mais de 22 milhões de pessoas, conforme informações da BBC.

Quando começou o terror na Síria, o Estado Islâmico obrigou os cristãos a escolher entre converter-se ao Islã, pagar um imposto para “infiéis” ou morrer assassinados. Aqueles que permaneceram no local foram torturados, crucificados ou decapitados. Além disso, proibiram todas as celebrações cristãs.

O grupo de jornalistas de RBSS atualmente têm 60.000 seguidores e embora seja complicado contrastar suas informações, são um dos poucos meios de comunicação que o Ocidente tem para divulgar o que acontece na Síria.

Embora Organismos Internacionais, inclusive o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenham reconhecido como genocídio a matança de cristãos pelo terrorismo islâmico, para eles a libertação da cidade apenas será outro perigo.

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