Em seu encontro com os jesuítas no Chile em janeiro, o Papa Francisco explicou como ele reage aos comentários das pessoas que, por alguma razão, o chamam de herege.

Durante a reunião informal, um sacerdote da província jesuíta da Argentina e do Uruguai perguntou a Francisco sobre as resistências que encontrou durante seu pontificado.

O Santo Padre assinalou que quando as percebe, “tento dialogar, quando o diálogo é possível; mas algumas resistências vêm de pessoas que acreditam que têm a verdadeira doutrina e te acusam de ser herege”.

“Quando nessas pessoas, pelo que dizem ou escrevem, não encontro bondade espiritual, simplesmente rezo por elas. Sinto desconforto, mas não me fixo nesse sentimento por uma questão de saúde mental”, acrescentou.

Durante suas viagens apostólicas ao Chile e ao Peru realizadas entre os dias 15 e 21 de janeiro, o Pontífice se encontrou com membros da Companhia de Jesus em ambos os países.

Estes diálogos foram publicados na quinta-feira, 15 de fevereiro, pela revista jesuíta italiana ‘La Civiltá Cattolica’, cujos artigos são revisados ??pela Secretaria de Estado do Vaticano.

O encontro com os jesuítas no Chile aconteceu em 16 de janeiro, no Santuário de Santo Alberto Hurtado.

Durante a conversa informal, o Santo Padre também disse que “quando percebo que há uma verdadeira resistência, eu a sofro. Alguns me dizem que é normal que haja resistência quando alguém quer fazer mudanças”, pois “é uma grande tentação que todos nós vivemos”.

“Não posso negar que existem. Eu as vejo e as conheço”, indicou.

Francisco se referiu “às resistências doutrinárias, que vocês conhecem melhor do que eu. Pela minha saúde mental, eu não leio os sites dessa chamada ‘resistência’”.

“Eu sei quem eles são, conheço os grupos, mas não os leio, simplesmente, por causa da minha saúde mental. Se há algo muito sério, sou informado para que tenha conhecimento. Vocês os conhecem... É desagradável, mas temos de seguir em frente”, sublinhou o Pontífice.

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