Sob vaias do público simpatizante do partido político espanhol de esquerda ‘Podemos’ e seu líder, Pablo Iglesias, o capelão da faculdade de Filosofia da Universidade Complutense de Madri (UCM), Juan Carlos Guirao Gomáriz, recordou os “100 milhões de mortos e regimes totalitários” causados pelo comunismo.

Iglesias liderou o encontro por ocasião da apresentação do livro “Em defesa do populismo” de Carlos Fernández Liria, no dia 21 de abril. Ao responder à pergunta do sacerdote, o líder de Podemos reconheceu que em nome do comunismo foram cometidos crimes monstruosos, mas acusou que “em nome do cristianismo também”.

Em sua intervenção, o Pe. Guirao Gomáriz expressou a líder de Podemos sua “preocupação” pelas “ideologias de caráter messiânico, as ideologias de caráter salvífico e, sobretudo, quando estas ideologias são como, por exemplo – que não acredito que seja o caso –, o comunismo, o qual causou a morte de 100 milhões de pessoas e regimes totalitários”.

Em meio às vaias dos simpatizantes de Podemos, o apresentador do evento pediu calma às pessoas presentes, argumentando que “estamos em um espaço no qual as pessoas dialogam, debatem”, ao mesmo tempo que zombou do canal de televisão da Conferência Episcopal Espanhola dizendo que “isto não é o canal 13TV, é a faculdade de filosofia”.

Depois de restabelecer a ordem, o sacerdote espanhol recordou aos presentes a importância de tolerar as ideias diferentes “sobretudo porque se hoje eu não posso me expressar, amanhã poderia ser você”.

“Existe um direito fundamental que é a liberdade de expressão”, disse e destacou que “felizmente vivemos em um país no qual existe a liberdade de expressão”.

O Pe. Guirao Gomáriz ressaltou que o “relaxamento moral da sociedade”, um tema importante e que também abordou o líder de Podemos, “passa por duas questões que são básicas: o direito à vida, da concepção até a morte, e o matrimônio baseado em uma comunhão de vida entre um homem e uma mulher”.

O sacerdote recordou ainda que o canal de televisão espanhol Telecinco transmitiu recentemente um programa justificando o incesto entre irmãos.

O presbítero indicou também: “Eu acredito que o único Messias é Jesus Cristo, Ele é o Homem Novo, capaz de gerar uma humanidade nova”. Disse também aos participantes do evento: “Sou sacerdote, se alguém quer receber qualquer sacramento estou à sua disposição”.

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