A Conferência Episcopal Espanhola (CEE), a Comissão Islâmica da Espanha e a Federação das Comunidades Judaicas da Espanha fizeram um apelo para se juntar ao Dia Mundial de Oração, jejum e obras de misericórdia pela humanidade que se celebra em 14 de maio para pedir pelo fim da pandemia de coronavírus.

Dom Adolfo González Montes, Bispo de Almería (Espanha) e Presidente do Subcomitê Episcopal para as Relações com as Confissões da Conferência Episcopal Espanhola (CEE); junto com Mohamed Ajana El Quafi, Secretário da Comissão Islâmica da Espanha; e Isaac Benzaquén Pinto, presidente da Federação das Comunidades Judaicas da Espanha; enviaram um comunicado no qual convidam todas as "comunidades religiosas judaicas, cristãs e muçulmanas e todos aqueles que acreditam em Deus a rezar pelo fim da crise de saúde”.

Segundo afirmam no comunicado, "a situação de crise mundial desencadeada pela pandemia de coronavírus, que atormenta a humanidade e coloca em risco a vida de milhões de pessoas, mostra a fragilidade da vida humana" e, ao mesmo tempo, "nos convida a nos unirmos na luta comum contra os efeitos devastadores desta doença”.

Expressam também sua "proximidade fraterna ao sofrimento dos doentes" e asseguram que encomendam a Deus Misericordioso "as pessoas falecidas, enquanto manifestamos nossa proximidade aos familiares daqueles que perderam seus entes queridos”.

"Também queremos expressar nossa profunda gratidão a todos os profissionais de saúde e à comunidade científica por seu trabalho, com um verdadeiro espírito de serviço e dedicação pelo bem da humanidade", disseram.

Dessa maneira, asseguram que "com este doloroso motivo, mas cheios de esperança na misericórdia do Senhor", convidam a se unir em oração as comunidades religiosas judaicas, cristãs e muçulmanas e aqueles que acreditam em Deus, Criador e Protetor da Vida, para que "elevem súplicas e orações para acabar com esta pandemia, nos console na aflição e ajude a todos aqueles que trabalham na pesquisa científica a serviço da saúde para que encontrem o tratamento adequado para vencer a doença e ver-nos livres das consequências sanitárias, econômicas e humanitárias deste grave contágio”.

Neste dia de oração, jejum e obras de misericórdia, incentivam "as comunidades de crentes e todas as pessoas de boa vontade a que se associem a ela e supliquem a Deus a uma só voz para que ajude a humanidade a sair desta situação de dor e sofrimento, e nos fortaleça na fé de que sua misericórdia e amor por nós não tem fim”.

Além disso, recordam que as três grandes religiões monoteístas se encontram em um tempo de graça e oração pela celebração nestes dias de suas grandes festas anuais.

A Páscoa judaica, que para o povo hebreu comemora a libertação da escravidão no Egito; a Páscoa cristã, que para os discípulos de Jesus celebra o mistério da morte e ressurreição de Cristo; e o mês do Ramadã, que para os muçulmanos celebra a primeira revelação de Deus ao profeta Maomé.

Um tempo "propício para a oração e para a mudança, de se voltar para o rosto do próximo e elevar nossos corações a Deus pela salvação do mundo", destacam.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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