A questão da liberdade religiosa no mundo esteve ontem em debate na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, na sequência da audição da Fundação AIS que apresentou aos deputados as conclusões principais do mais recente relatório sobre a perseguição aos cristãos, documento que foi produzido a nível internacional pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

No decorrer da reunião, Bacelar Vasconcelos, presidente da referida Comissão, assumiu perante a Fundação AIS o compromisso de procurar mobilizar a Assembleia da República para que possa haver uma maior pressão do parlamento junto da comunidade internacional na denúncia dos casos de perseguição por motivos religiosos e de proteção das minorias.

Nações Unidas, Parlamento Europeu e Assembleia Parlamentar da União para o Mediterrâneo são alguns dos fóruns onde os deputados portugueses poderão, a partir de agora, levantar a questão da perseguição religiosa como foi solicitado no encontro de ontem pela Fundação AIS e que decorre da necessidade de o mundo estar mais desperto para a questão da violência que é exercida em tantos países sobre as minorias religiosas.

Na audição da Fundação AIS na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, foi abordada a situação particularmente complexa e difícil que as comunidades cristãs enfrentam em diversos países, nomeadamente na Síria, Iraque, China, Indonésia, Índia e, ainda, no continente africano.

Bacelar Vasconcelos assumiu também o compromisso, perante a Fundação AIS – que se fez representar por Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português, e Miguel Brito Correia, membro da Assembleia de Curadores – de propor também à Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, a audição, num futuro próximo, da Ajuda à Igreja que Sofre, para que mais deputados se possam envolver na questão da defesa da liberdade religiosa no mundo.

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