"Cruzada de caridade: O empenho de Pio XII pelos prisioneiros da Segunda guerra mundial", é o novo livro de uma religiosa americana que destaca o imenso trabalho que o Papa Pacelli realizou para defender, atender, apoiar e resgatar milhares de judeus e católicos perseguidos pelo regime nazista.

A autora é Irmã Margarida Marchione. O livro foi editado por Sperling & Kupfer e se baseia nas cartas encontradas nos arquivos secretos do Vaticano.

A escritora assinala que quem afirma que Pio XII não fez nada pelos judeus "não estudou bem a história e não estudou os documentos. Eu, por minha conta e durante dez anos, tratei que me referir sempre a documentos –que sim existem– e por isso digo que quem afirma o contrário, de fato não têm razão".

"Durante a guerra eram milhares e milhares de soldados prisioneiros e muitos também dispersados. As pobres famílias não sabiam a que ater-se. Quando viam que ninguém lhes prestava atenção, voltavam os olhos ao Santo Padre Pio XII", comenta Irmã Margarida e destaca que "dentro do arquivo secreto há milhões de cartas de pedidos de ajuda. O Santo Padre, através de seus delegados em todo o mundo, conseguiu responder a todas".

"Com as cartas –prossegue a religiosa– pude saber que o Papa pôde resgatar muitos prisioneiros. É uma coisa magnífica, que poucas pessoas conhecem, porque nunca ninguém publicou estas cartas".

Segundo a autora, muitas destas missivas têm um conteúdo realmente comovedor, e mostram que quem escrevia ao Papa Pacelli "verdadeiramente o amavam. De suas cartas se percebe a fé que lhe tinham. Nas de resposta se podem ver algumas notas do Papa indicando o que fazer; enquanto que em algumas de resposta há coisas como ‘obrigado pelo vestido que mandou para meus filhos’ ou de repente alguma que agradece pelo dinheiro enviado por Pio XII"

Finalmente, a autora comentou que com freqüência recebe cartas de pessoas em todo mundo, expressando sua esperança de ver logo Pio XII canonizado.