KONIGSTEIN, 20 de mar de 2005 às 01:18
Segundo Christine du Coudray, chefa da Seção da África da sede internacional de Ajuda à Igreja Necessitada (AIN), os cristãos nigerianos “não temem ao Islã”.
Ao retornar de uma excursão de várias semanas pelo país mais povoado do norte da África, a funcionária assinalou que “tal e como há dito Dom John Onaiyekan, Arcebispo da Abuja e Presidente da Conferência Episcopal Nigeriana, o diálogo interreligioso deve realizar-se cara a cara e em igualdade de condições. O testemunho dos cristãos do norte da Nigéria é edificante. Os católicos rezam muito e possuem uma notável força interior”.
Em relação com os seguidores das religiões tradicionais, assinalou que “muitos desejam ser batizados e converter-se ao catolicismo, porque sentem que a Igreja Católica lhes oferece uma renovação dos valores que poderiam perder em sua própria tradição religiosa, e porque estão convencidos de que a Igreja católica é a verdade”.
Do mesmo modo, a perita enfatizou a importância do trabalho catequético e a literatura religiosa. “A Bíblia do Menino da AIN foi publicada em hausa, mas muitos bispos me sugeriram que também deveria estar disponível em outras línguas locais”.
Por último, sublinhou a necessidade de erigir capelas no âmbito rural e de apoiar a formação de sacerdotes e religiosos: “Nigéria é o país com mais católicos, sacerdotes e seminaristas de toda a África”, sentenciou.