A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou a suspensão de Batismos, Crismas e Matrimônios devido à “gravíssima situação” causada pela pandemia de Covid-19 no país.

A decisão da CEP foi tomada após anúncio feito pelo primeiro-ministro português, António Costa, de um novo confinamento a partir de 15 de janeiro.

Segundo informa a Agência Ecclesia, do episcopado português, o diploma que renovou o estado de emergência até 30 de janeiro foi proposto pelo presidente da República ao Parlamento português e destaca que os efeitos da declaração não afetam “em caso algum” vários direitos, entre os quais “a liberdade de consciência e religião”.

Nesse sentido, a o Conselho Permanente da CEP afirmou por meio de um comunicado que continuarão “com as celebrações litúrgicas, nomeadamente a Eucaristia e as Exéquias, segundo as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 8 de maio de 2020, emanadas em coordenação com a Direção Geral da Saúde”.

Entretanto, “outras celebrações, como Batismos, Crismas e Matrimônios, devem ser suspensas ou adiadas para momento mais oportuno, quando a situação sanitária o permitir”, indica a CEP.

Além disso, estabelece que “a catequese continuará em regime presencial onde for possível observar as exigências sanitárias; de contrário, pode ser por via digital ou cancelada”.

Recomenda ainda “que outras atividades pastorais se realizem de modo digital ou sejam adiadas”.

Para os Bispos portugueses, a “gravíssima situação” gerada pela pandemia de coronavírus exige de todos “acrescida responsabilidade e solidariedade no seu combate, contribuindo para superar a crise com todo o empenho”.

Segundo dados da Direção Geral da Saúde, foram registrados em Portugal 507.108 casos confirmados de Covid-19, com 8.236 mortos. Somente na última quarta-feira, o país registrou 10.556 novos casos da doença e 156 mortes.

“A nossa celebração da fé abre-nos ao Deus da misericórdia e exprime o compromisso solidário com os esforços de todos os que procuram minimizar os sofrimentos, gerando uma nova esperança que, para além das vacinas, dê sentido e cuide a vida em todas as suas dimensões”, conclui o comunicado da CEP.

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