De acordo com os dados revelados pela Conferência Episcopal Alemã, em 2016, por mais um ano consecutivo, o número de fiéis que deixaram a Igreja Católica superou as 160 mil pessoas; diminuindo o número de católicos em relação a 2015.

Segundo o relatório divulgado no dia 21 de julho pelo Episcopado alemão, no ano passado, 162.093 pessoas abandonaram a Igreja. Embora haja uma diminuição com relação aos 181.925 fiéis que se afastaram em 2015, estas cifras seguem chamando a atenção das autoridades eclesiais locais.

A Igreja deve “seguir ativamente” os que abandonaram “para compreender as razões”, expressou Pe. Hans Langedörfer, secretário do Episcopado na apresentação do relatório. Este afastamento significa, “em todo caso, que a transmissão da fé cristã não chegou completamente”, acrescentou.

Segundo as cifras, o número atual de católicos na Alemanha é de 23,5 milhões. No relatório apresentado no ano passado, os católicos era 23,7 milhões.

Do mesmo modo, o relatório assinalou que no ano passado 6.461 pessoas retornaram à Igreja Católica e que 2.574 protestantes decidiram se converter ao catolicismo.

Uma cifra positiva é o aumento de batizados. Em 2016, incorporaram-se 171.531 novos membros. Em 2015, os batizados fora 167.226.

Entretanto, houve uma diminuição no número de primeiras comunhões. Em 2016, foram 176.297, enquanto em 2015 estas chegaram a 178.746. Um caso semelhante ocorreu com as Crismas: 149.796 em 2016, enquanto em 2015 foram 154.261.

Quanto aos matrimônios, no ano passado casaram-se 43.610 casais. Uma pequena diminuição em relação aos 44.158 casamentos religiosos celebrados em 2015.

Sobre a participação na Missa dominical, o relatório assinala que em 2016, cerca de 2,4 milhões de fiéis participaram com frequência, ou seja, 10,2% dos católicos.

As dioceses onde mais os católicos participam da Eucaristia dominical são Görlitz, com 19,3%; Erfurt, com 17,9%; e Dresda-Meissen, com 16,5%. As três se encontram no leste do país.

Apesar dessas cifras, Pe. Langedörfer disse que existem numerosos colaboradores presentes nas comunidades, associações e estruturas eclesiais, “que vêm com frequência como voluntários, de maneira discreta”.

Além disso, destacou que, em 2016, a Igreja na Alemanha ofereceu cerca de 127,7 milhões de euros para os refugiados; um dado que “também é uma realidade da Igreja”, afirmou o sacerdote alemão.

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