O Superior Geral dos Irmãos de Caridade, René Stockman, anunciou que o Vaticano chamou os religiosos belgas da congregação para explicar a aplicação da eutanásia nos pacientes psiquiátricos que atendem nos seus hospitais católicos, antes de tomarem uma “decisão final”.

Em declarações ao Catholic Herald, Stockman disse que “a Organização dos Irmãos de Caridade será convidada a ir ao Vaticano e explicar a decisão tomada e, em seguida, será tomada uma decisão final”.

“Deste modo, estão dando à Organização dos Irmãos Belgas da Caridade uma última oportunidade de aderir-se à doutrina da Igreja Católica”, assinalou.

Em abril deste ano, os Irmãos Belgas da Caridade, fundados em 1807 por Pe. Peter Joseph Triest, anunciaram a decisão de começar a aplicar a eutanásia aos pacientes que a pedissem, “somente se não houver mais possibilidade de dar uma perspectiva razoável para cuidar do paciente”.

Raf De Ryce, superior da congregação na Bélgica, disse à imprensa local que esta nova política não era uma mudança importante. “Não é que costumávamos estar contra a eutanásia e agora, de repente, estamos a favor. Isso está de acordo com os nossos critérios existentes” , disse.

Em agosto deste ano, o Papa Francisco deu um ultimato aos religiosos belgas, exigindo que parassem de aplicar eutanásias e pedindo que assinassem uma carta conjunta, declarando a sua adesão aos ensinamentos da Igreja em relação ao tema.

Os Irmãos de Caridade recusaram o ultimato do Papa. Em agosto deste ano, Herman Van Rompuy, membro do conselho da organização religiosa e ex-presidente do Conselho Europeu, em uma publicação no Twitter que apagou logo depois, manifestou: “A época do ‘Roma locuta causa finita’ (Roma falou, o caso está encerrado) acabou há muito tempo”.

Confira também: