Os pais de Alfie Evans, menino de apenas 22 meses que tem uma condição neurológica degenerativa, levaram a sua luta ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo (TEDHE), depois de ficarem sem opções legais na Inglaterra.

Em 6 de marco, três juízes da Corte de Apelação da Inglaterra negaram o recurso apresentado pelos pais do menino, Tom Evans e Kate James, depois que ambos apelaram a decisão da Corte Suprema que permite ao Alder Hey Children's Hospital, de Liverpool, desconectar o suporte vital da criança.

Nesta ocasião, os pais de Alfie pediram ao Tribunal Europeu para impedir a retirada do tratamento como uma “medida provisória”.

Diante do pedido, um porta-voz do Tribunal de Estrasburgo disse que os juízes estão considerando a solicitação e questões relacionadas ao caso. Entretanto, ainda não foi tomada uma decisão.

Em 23 de março, alguns meios de comunicação afirmaram, mostrando uma fotografia do menino com os olhos abertos, que o hospital estava prestes a retirar a ventilação; entretanto, tratava-se de uma redução na medicação.

“Alfie ficou bem durante dois dias. Este é Alfie hoje, tem uma aparência descansada. Depois de ter um ataque, está lutando para permanecer acordado, mas os remédios ainda estão fazendo efeito”, disse Tom Evans, em 26 de março, através de suas redes sociais.

Além disso, o pai do menino afirmou que “Alfie não está morrendo” e que “está longe disso”, porque “ainda tem função do tronco cerebral e muitas opções a serem tomadas”.

“Ninguém entende por que não fizeram e não farão uma traqueostomia. Ele está lutando, está estável e não tem nenhuma infecção”, acrescentou.

Embora os médicos tenham descrito a condição da criança como intratável, seus pais estão pedindo a transferência do filho ao Hospital Pediátrico Bambino Gesú, em Roma, mais conhecido como Hospital do Papa, para o seu diagnóstico e possível tratamento.

O caso de Evans se assemelha ao de Charlie Gard, um menino inglês que tinha uma doença terminal e faleceu em julho de 2017, depois que desconectaram o seu suporte vital, também contra a vontade de seus pais.

Gard tinha 11 meses e esteve no centro de um debate legal, de meses de duração. Os médicos do Hospital Great Ormond Street, que cuidaram de Gard, também foram ao tribunal a fim de desconectar o seu suporte vital.

Confira também: