O Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, pediu aos jornalistas para “não caírem na tentação do sensacionalismo” nem “instrumentalizar as notícias para fins moralmente inaceitáveis”.

A autoridade vaticana fez este apelo durante a bênção da nova sede do Conselho Nacional da Ordem dos Jornalistas, em Roma, no dia 16 de março. “Não cair na tentação do sensacionalismo e da velocidade a qualquer custo, que pode resultar em uma difamação objetiva, prejudicando a dignidade humana que é inviolável”, expressou.

O Purpurado recordou que “a paixão pelo homem”, pela verdade e pela informação autêntica em benefício do interesse comum são “a verdadeira alma do jornalismo”. E deste modo, também os chamou a evitar “o risco de instrumentalizar as notícias para fins moralmente inaceitáveis”.

O jornalista, assinalou, deve “transmitir uma mensagem que seja a mais fiel possível da realidade, sem manipulação”, e que ofereça “um espaço adequado para promover o que une e não o que divide”.

Nesse sentido, incentivou-os a ter o cuidado de “secundar a lógica que categoriza as boas notícias em ‘não notícias’. Pelo contrário, divulguem quanto bem é realizado no mundo, porque é necessário construir e criar pontes de diálogo e não expandir as trincheiras da indiferença”.

Em seguida, o Cardeal Parolin destacou a exigência de que “a opinião pública disponibilize informações completas”, que além dos problemas e dramas, “também saiba comunicar as boas notícias, as compras positivas e as esperanças que suscitam”, evitando desta maneira “o espetáculo do drama, da dor, do mal, para não cair na indiferença, no cinismo e em uma espécie de habituação”.

A autoridade vaticana recordou que “os jornalistas, de fato, estão a serviço da comunidade, têm o dever e a responsabilidade de expandir e amadurecer a consciência individual e coletiva nas situações de enfrentamentos nas quais o homem sofre, marginalizado e ferido em sua dignidade”.

“Vocês, jornalistas, podem ser instrumentos de esperança para o mundo, com o seu entusiasmo e profissionalismo”, concluiu.

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