O trabalho realizado pelos bombeiros durante os incêndios que deixaram centenas de mortos em 2017 em Portugal será reconhecido durante a Semana Santa na Diocese de Coimbra, quando 12 oficiais de corporações da região participarão do rito do lava-pés, na Quinta-feira Santa, 29 de março.

Conforme explicou à agência Ecclesia do episcopado português o Padre Nuno Santos, reitor do Seminário Maior de Coimbra, a celebração do lava-pés é “extremamente importante no Tríduo Pascal”, sendo “um momento marcante da presença do bispo junto aos que mais sofrem”.

Nesse sentido, sublinhou que a Diocese de Coimbra considerou que este ano seria “importante homenagear e reconhecer o trabalho dos bombeiros”, após os incêndios que atingiram o país em 2017.

A celebração acontecerá na Sé Nova, às 21h, com a presença de 24 corporações de bombeiros, das quais serão “escolhidos 12 bombeiros”.

Para Pe. Nuno, o fato de o Bispo “se ajoelhar aos pés daqueles homens significa muito” e será um “reconhecimento” ao trabalho que realizaram.

“Os fogos tiveram um impacto muito doloroso na Diocese de Coimbra”, expressou o sacerdote, sublinhando que ainda é patente o sentimento de “perda” tanto das vidas como do lado ecológico.

Segundo o reitor, os bombeiros buscaram, “quase para além de suas forças, evitar que os incêndios tivessem consequências mais negativas para as populações”.

Pe. Nuno recorda que em uma situação na qual os meios eram “muito poucos perante uma realidade avassaladora”, os bombeiros foram a “única esperança para muitas pessoas”.

Em junho e outubro de 2017, Portugal se viu afetada por vários incêndios que deixaram centenas de mortos e feridos no país. De acordo com a agência Ecclesia, cerca de 2 mil casas foram destruídas ou danificadas, centenas de empresas ou de pequenos negócios afetados, e mais de 440 mil hectares de floresta arderam.

Em sua mensagem de Natal no ano passado, o Bispo de Coimbra, Dom Virgílio Antunes, evocou “as perdas de vida, as perdas de casas, dos mais variados bens”, assim como “os gestos de solidariedade e de amor”.

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