O Papa Bento XVI aprovou ontem o rito de beatificação do Servo de Deus Mariano de la Mata Aparício, que será celebrado na Catedral de São Paulo em 5 de novembro de 2006.

 

O Padre Mariano de la Mata Aparício nasceu em 31 de dezembro de 1905 em Barrio de la Puebla, Palencia, Espanha. Ingressou no Seminário Agostiniano de Valladolid em 10 de setembro de 1922. Em 25 de julho de 1930 foi ordenado sacerdote. Estava pronto para iniciar sua missão e coroar definitivamente sua vocação.

 

Chegou ao Brasil em 21 de agosto de 1931, onde não lhe faltaram desafios, que aos poucos foram vencidos por este incansável sacerdote agostininiano. De caráter firme, mas generoso, espontâneo, desprendido e muito sensível diante da dor; de talante samaritano e autêntico servidor, o Padre Mariano teve sua vida marcada pelo amor aos que sofrem, verdadeiro Mensageiro do Amor, levou aos doentes o conforto da sua presença e da sua palavra portadora de esperança.

 

A natureza o contagiava, o cultivo e cuidado das plantas e das flores eram seu divertimento. Tinha seu jardim no terraço do Colégio Santo Agostinho em São Paulo. Ali sempre estava nos seus momentos de relaxamento.

 

Depois de uma vida exemplar, na convivência fraterna e na entrega à pregação do Evangelho, veio a falecer em 5 de abril de 1983, em São Paulo. O Processo de Beatificação foi aberto no dia 31 de maio de 1997, quando a Cúria Episcopal de São Paulo recebeu da Cúria Vaticana, por meio do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, a licença oficial da Igreja para dar andamento ao processo. A cerimônia de abertura aconteceu na Igreja de Santo Agostinho. Em 99, o foi instalado um Tribunal Eclesiástico para apurar um milagre atribuído ao padre Mariano, invocado para restituir a saúde ao aluno do Colégio São José, João Paulo Polotto, então com 6 anos, atropelado por um caminhão, com graves traumatismos. A cura foi rápida e considerada inexplicável pela ciência, configurando o milagre.

 

Os grandes amores do Padre Mariano de la Mata Aparício foram: a Eucaristia, Nossa Senhora, os pobres e os enfermos; e suas grandes paixões foram a natureza, a família, as vocações agostinianas, as Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia e as crianças.