A Arquidiocese Primaz do México reafirmou o seu compromisso na luta contra os abusos sexuais e expressou seu apoio à sentença de 62 anos de prisão contra um sacerdote, que está na prisão desde 2016.

Através de um comunicado, o Escritório de Comunicação da Arquidiocese do México se pronunciou na terça-feira, 13 de março, sobre a sentença imposta ao sacerdote Carlos López Valdés, que abusou várias vezes de Jesús Romero Colín entre 1994 e 1998, quando ele tinha apenas 11 anos.

Pe. López – atualmente com 72 anos – servia na paróquia de Santo Agostinho de las Cuevas, em Tlalpan, no sul da Cidade do México. Romero era o seu acólito.

Romero interpôs a denúncia contra o sacerdote em 2007 e depois a Arquidiocese do México abriu um processo eclesiástico que o declarou culpado e o impediu de realizar o seu ministério.

A vítima enviou uma carta ao Papa Francisco em 2013. O Santo Padre respondeu expressando a sua “dor” e “vergonha” a respeito do que aconteceu; e pediu à vitima “perdão em nome da Igreja”.

Em 27 de agosto de 2016, López Valdés foi preso em Jiutepec, Morelos, e enviado à Prisão Oriente na Cidade do México, onde permanece atualmente.

No comunicado, o Escritório de Comunicação da Arquidiocese assinalou: “Ratificamos a opinião da Procuradoria Geral da República e manifestamos a nossa disponibilidade total para colaborar com as autoridades na busca da justiça na sociedade”.

“Nós expressamos a nossa solidariedade com a vítima e sua família. Lamentamos profundamente o que ocorreu. Estes comportamentos terríveis nos causam dor e vergonha e nos confirmam no compromisso de fazer tudo o que for necessário para curar estas situações da raiz”, continua.

“Não ficaremos satisfeitos até que esse mal seja removido. Como disse o Papa Francisco recentemente, esta é uma das prioridades da Igreja do nosso tempo”.

O texto recorda a posição dos últimos Papas, segundo a qual “não há nenhum lugar no ministério para aqueles que abusam dos menores”.

Além disso, reitera “nosso critério de ação de ‘tolerância zero’ diante dessas situações e a necessidade de informar, de reconhecer o mal e de pedir perdão”.

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