A exortação apostólica do Papa Francisco Amoris Laetitia está “em fase de assimilação” na Igreja em Portugal e já motiva uma nova dinâmica pastoral, segundo o presidente da Comissão Episcopal para o Laicato e a Família, Dom Joaquim Mendes.

Em entrevista à agência Ecclesia do episcopado português no marco do encontro anual do Secretariado Nacional de Pastoral Social (SNPS), concluído na quinta-feira em Fátima, o Prelado explicou que o documento “teve uma boa recepção” em Portugal.

“Foi lido e refletido por muitas famílias, pela Pastoral Familiar, por movimentos familiares”, indicou o também Bispo auxiliar de Lisboa.

O encontro anual SNPS aconteceu entre os dias 19 e 21 de setembro, em Fátima, tendo como tema “Família e transformação social”, inspirado na exortação apostólica Amoris Laetitia.

De acordo com Dom Mendes, em Portugal, “há famílias, há comunidades cristãs, movimentos ligados à pastoral familiar, que se estão a debruçar sobre este documento e a descobrir a beleza da proposta que o Papa nos faz, numa linguagem simples e acessível”.

A exortação do Pontífice, segundo o Bispo, incentivou as pessoas a terem atuação ativa no acompanhamento das famílias, tanto em suas alegrias como nas dificuldades.

“Quando o Papa fala da questão do matrimônio, que está bastante privatizado – sublinha o Prelado –, ele fala da necessidade da comunidade participar nas núpcias dos seus membros, fazer festa e integrá-los, ir-se enriquecendo com novas famílias que por sua vez se tornam evangelizadoras”.

Em concreto, no evento, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o testemunho de uma família cujo casal, João e Maria Cortez Lobão, estão juntos há 29 anos e possuem 8 filhos.

Para Maria, formada em Teologia, Amoris Laetitia “está cheia de pequenos truques, de pequenas dicas que além de relembrar toda a base teológica tem um acréscimo prático muito bom para todos, que permite não só fazer a revisão do projeto de matrimônio de cada um, como também partilhar com outras pessoas”.

Por sua vez, o economista João Cortez Lobão, afirmou que o documento ajuda “a pensar como é que podemos seguir Jesus Cristo, como é que podemos ser exemplo para os outros e portadores da mensagem cristã para os outros, às outras famílias que têm menos vivência cristã, que querem ter mais vivência cristã, mas às vezes o ambiente que as rodeia não é fácil”.

Confira também: