A instituição Saúde Pública Escócia informou que o aborto no país atingiu seu segundo nível mais alto registrado na história recente com 13.583 abortos em 2019, algo que ativistas pró-vida descreveram como uma "trágica perda de vidas".

Os números assinalam que a taxa de aborto é de 13,2 para cada mil mulheres entre 15 e 44 anos.

Catherine Robinson, porta-voz da Right To Life UK, disse que "cada um desses 13.583 abortos é uma trágica perda de vidas".

Os números de 2019 são os maiores desde 2008 e representam um aumento de 297 mortes em relação a 2018, quando ocorreram 13.286 abortos.

Mais da metade das mulheres que abortaram em 2019 tinha entre 20 e 30 anos, enquanto o grupo de mulheres com mais de 40 anos que se submeteram a um aborto passou de 256 em 1985 para 581 em 2019, o maior número registrado até agora.

Cerca de metade dos abortos químicos em 2019 foram devido ao medicamento misoprostol, usado em casa. Robinson disse que o número de abortos provavelmente será semelhante ou maior em 2020 devido à divulgação do "faça você mesma" como uma "resposta à pandemia do coronavírus".

“Além disso, os defensores do aborto continuam pressionando para eliminar todas as restrições da lei do aborto e querem que o aborto seja livre, sob demanda, inclusive antes do nascimento”.

Em seu relatório anual, Saúde Pública Escócia explicou que existe uma "forte associação" entre pobreza e taxas de aborto no país, que atualmente tem uma população de cerca de 5,5 milhões de habitantes.

Michael Robinson, diretor de comunicações da Sociedade para a Proteção do Nascituro (SPUC, na sigla em inglês), comentou que "as mulheres escocesas nas áreas mais pobres têm maior probabilidade de fazer um aborto em comparação com as áreas menos pobres da Escócia".

“Este é um símbolo chocante de desigualdade, o que é totalmente inaceitável em uma sociedade do século 21”, lamentou.

A porta-voz do Right To Life UK também disse que, no Reino Unido, "70% das mulheres querem que o limite atual para o aborto seja reduzido e 91% querem que se proíba o aborto seletivo por sexo”.

“Todos pedimos ao governo escocês que crie com urgência novas restrições e dê mais apoio às mulheres com gravidez não planejada. Isso garantiria que trabalhássemos juntos como sociedade para reduzir o número trágico de abortos realizados a cada ano”, concluiu.

Publicado originalmente em CNA.

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