Hoje pela manhã o Papa Bento XVI, meditando sobre a Assunção da Virgem Maria, fez um convite a viver em perspectiva de eternidade e à abertura a Deus como única resposta capaz de saciar a sede de verdade e felicidade do coração humano.

Ao início de sua catequese durante a audiência das quartas-feiras celebrada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Pontífice afirmou que "esta festa celebra a glorificação corporal daquela criatura que Deus escolheu como Mãe e que Jesus na Cruz deu por Mãe a toda a humanidade".

Citando o Concílio Vaticano II acrescentou que "Maria brilha na terra como sinal de segura esperança e consolo para o povo de Deus que está em caminho".

Depois de fazer notar que atualmente se vive esquecendo tal realidade espiritual, o Santo Padre disse que "existe hoje em dia quem vive como se não tivesse que morrer jamais ou como se tudo tivesse que terminar com a morte; alguns se comportam considerando que o homem seja o único artífice do próprio destino, como se Deus não existisse, chegando inclusive a negar que exista um espaço para Ele em nosso mundo".

Respondendo a tal situação, o Pontífice afirmou que "só a abertura ao mistério de Deus, que é Amor, pode saciar a sede de verdade e de felicidade de nosso coração; solo a perspectiva da eternidade pode dar valor autêntico aos eventos históricos e sobretudo ao mistério da fragilidade humana, do sofrimento e da morte".

"Contemplando Maria na glória celeste, compreendemos que também para nós a terra não é a pátria definitiva e que se vivermos constantemente dirigidos aos bens eternos, um dia compartilharemos sua mesma glória", disse o Papa.

Finalmente saudou em diversas línguas grupos de fiéis reunidos, entoou o Pater Noster e deu a Bênção Apostólica.