Eduardo Cardet, membro do Conselho Coordenador do Movimento Cristão Libertação (MCL), informou nesta sexta-feira que o movimento democrático está se multiplicando na ilha e indicou que uma mostra disso é o aumento da repressão da Segurança do Estado contra os opositores, através das prisões, repressões e diversas ameaças.

"O movimento democrático cubano com seus estilos diversos, com seus projetos, estão concretizando ações específicas que têm um objetivo comum, que é a libertação, que é conseguir um processo democrático em Cuba", afirmou o líder dissidente em um vídeo divulgado pelo site do MCL.

Cardet indicou que o ativismo da oposição pacífica provoca "um estado de alarme por parte das forças repressivas que não realizam ações específicas, neste caso que cheguem a um entendimento. Eles continuam cultivando o ódio, a divisão entre o povo".

Uma destas ações foi a prisão temporária que sofreu na quinta-feira passada, Hiram Almaguer. Este ativista do MCL disse que os agentes do Governo comunista lhe confiscaram o material que tinha para difundir "El Camino del Pueblo", e depois o deportaram para Holguín (Cuba). Este fato ocorreu alguns dias depois da eleição do regime cubano como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Apesar disto, Cardet assegurou que "a verdadeira força está no povo. O protagonismo está no povo, que com as suas ações direcionadas a objetivos concretos, a ações específicas concretas, vai conseguir todos os resultados que estamos procurando os cubanos, cubanas que pertencemos ao movimento democrático cubano".