O Vigário Apostólico de Puerto Ayacucho, na Venezuela, Dom Jonny Eduardo Reyes Sequera, denunciou que os 37 presos que morreram há alguns dias em uma prisão local foram assassinados “de forma planejada”.

Segundo informações de diversos meios locais, no dia 16 de agosto, 37 presos do Centro de Detenção Judicial do Amazonas foram assassinados durante a intervenção da polícia de choque no local, situado no sul do país.

Uma das hipóteses sobre o que aconteceu assinala que os presos foram assassinados como parte da execução de uma das chamadas Operações de Libertação do Povo (OLP) que faria parte de um plano político contra o governador do Amazonas, Liborio Guarulla.

Isto foi indicado pelo diretor da ONG ‘Una ventana a la libertad’, Carlos Nieto Palma.

As OLP começaram em julho de 2015, ordenadas pelo presidente Nicolas Maduro, para enfrentar a violência na Venezuela.

Várias organizações não governamentais relataram violações de direitos humanos e execuções extrajudiciais durante essas intervenções.

Nieto Palma disse a um meio de comunicação local que “hoje podemos ter claro que foi um massacre e não um confronto. Os presos foram executados extrajudicialmente. Na quarta-feira à noite, depois que tínhamos mais documentos ou opiniões para avaliar, parecia muito estranho que só houvesse pessoas mortas e não feridas. Não compreendíamos o que tinha ocorrido”.

Em declarações à imprensa local, recolhidas pela agência Fides no domingo, 20 de agosto, o Vigário Apostólico de Puerto Ayacucho denunciou que, neste caso, “falamos de uma tragédia grave porque são vidas humanas, porque quando pagam grupos armados para matar as pessoas isto é algo planejado”.

“Não são galinhas ou gatos, são pessoas e nem sequer sabemos se são apenas 37”, lamentou o Prelado.

“Ouvimos em todos os telejornais o que aconteceu em Barcelona, e na Venezuela? Ouvimos o que realmente acontece aqui?”, questionou o Bispo.

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