O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, o Cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, fez um chamado para que os grandes lobbys farmacêuticos “não trafiquem com a dor humana”, ao comentar a ausência de remédios em muitos países por causa de seu elevado preço, sobre tudo nas nações mais pobres.

No marco da realização da 21° Conferência Internacional deste dicastério sobre o tema “Aspectos pastorais para a cura de enfermidades infecciosas”, o Cardeal denunciou que “existe um lobby de companhias farmacêuticas dos Estados Unidos que exerce pressão” para que “alguns medicamentos não existam em muitos países pelos preços muito altos que têm, inclusive nos países pobres. A conseqüência de tudo isto é que muitas pessoas no mundo morrem pela falta destes remédios. Este é um chamado muito forte que hoje lançamos para que não se trafique com a dor humana”.

Depois de precisar que as enfermidades infecciosas se converteram nos últimos anos em uma causa freqüente de mortalidade no mundo inteiro, indicou que a obra da Igreja para os afetados por elas são abundantes.

“Temos 113 mil centros de saúde no mundo aonde se tratam estas enfermidades. Não podemos dizer o que fará a Igreja no futuro” para atender aos doentes que sofrem este tipo de doenças como o AIDS “mas podemos explicar o que faz no presente. A Conferência internacional que temos cada ano procura iluminar a ação da Igreja para torná-la cada vez mais eficaz”, disse.

Finalmente, o Cardeal Lozano manifestou sua proximidade aos que sofrem por causa destas enfermidades e lhes recordou que “o Santo Padre fica sempre de seu lado, preocupa-se de todos eles através deste Pontifício Conselho” e que “a Fundação do Bom Samaritano, fundada por João Paulo II e confirmada por Bento XVI, foi criada para ajudar na cura dos doentes mais desprotegidos do mundo”.