Depois da constatação da ineficácia das campanhas preventivas de saúde sexual que insistem no uso do preservativo e que não obtiveram, segundo dados do Ministério da Saúde, deter o vertiginoso aumento do uso da pílula do dia seguinte, as doenças sexualmente transmissíveis e os abortos na Espanha, o Foro Espanhol da Família (FEF) propôs a "educação em liberdade e responsabilidade pessoal".

"Agora que está se desenvolvendo a LOE e se fala do ensino em valores, é a grande ocasião para mudar a pedagogia da irresponsabilidade sexual impulsionada pelas Administrações publicas há anos para insistir que todos somos donos de nossos atos e também do uso que fazemos de nosso corpo", assinalou o vice-presidente do Foro, Benigno Blanco, um dia depois do Ministério da Saúde ter apresentado uma nova campanha de saúde sexual que tem como base o uso do preservativo.

Através de uma nota de imprensa, o FEF afirmou que "a cada ano milhares de mulheres, -em sua maioria adolescentes-, vêem-se atiradas ao abuso da pílula do dia seguinte, possíveis gravidezes não previstas e doenças de transmissão sexual. Tudo isto demonstra que as campanhas de uso do preservativo aumentam justamente os efeitos que querem evitar".

Ao insistir que "a única política preventiva está na educação e o respeito à liberdade individual", o Foro lembrou que a sexualidade "deve ser exercitada com responsabilidade, tendo em conta suas conseqüências, conforme critérios éticos razoáveis".

"Se as administrações públicas e o sistema educativo junto com certa publicidade sexista continuam incentivando a promiscuidade sexual desde a adolescência, o número de gravidezes imprevistas será incontrolável, e tudo o que isso acarreta", concluiu Blanco.