A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou que os “ministros e colaboradores da Igreja” devem ter “acesso à vacinação como qualquer outro cidadão”, seguindo as orientações das autoridades.

A declaração foi dada por meio de uma nota do Secretariado Geral da CEP sobre o processo de vacinação. No texto, defendem que “é essencial que a vacina chegue a todos, com justiça, cuidado e transparência, começando pelos mais vulneráveis, mas também pelas pessoas que, nas mais diversas instituições sociais e de saúde, são fundamentais para o seu funcionamento”.

Os bispos reforçam, então, que “os ministros e colaboradores da Igreja Católica em Portugal, sejam eclesiásticos ou leigos, têm acesso à vacinação como qualquer outro cidadão e seguem as disposições estabelecidas pelas autoridades competentes para as diversas fases deste processo”.

Por fim, reafirmam “o necessário envolvimento de todos no combate à pandemia”, bem como a “certeza de que nenhum outro interesse deve ser colocado acima dos esforços conjuntos que somos chamados a fazer, para encontrar a melhor forma de utilizar os recursos que temos e assim superar a pandemia”.

Polêmica por sacerdote acusado de ser vacinado indevidamente

O esclarecimento da Conferência Episcopal se mostrou importante uma vez que recentemente a mídia portuguesa divulgou que um sacerdote teria sido vacinado antes do tempo, suscitando a polêmica se eclesiásticos estariam ou não no nível de prioridade, uma vez que atendem muitas pessoas, inclusive idosos e pessoas dos grupos de risco.

O caso em questão foi do Padre João Paulo Marques, pároco da freguesia de Valongo do Vouga, em Águeda (Portugal). Segundo o próprio sacerdote relatou ao ‘Jornal de Notícias’, ele recebeu a vacina no lar de idosos da Fundação da Nossa Senhora da Conceição, onde presta serviço regularmente, e a instituição havia lhe dito que ele não poderia “entrar lá se não fosse vacinado”. “Por isso é que aceitei”, disse.

“Rezo Missas, converso com os velhos, confesso-os. Sempre que um velho me chama, eu vou. Quer a essa instituição, quer a outras. E nunca me recusei a fazê-lo, mesmo quando há lá dentro pessoas infectadas com Covid-19”, contou.

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