Uma nova pesquisa divulgada na quarta-feira, 27 de janeiro, revelou que a maioria dos norte-americanos se opõe ao uso de seus impostos para financiar abortos no país ou no exterior.

A pesquisa foi realizada pela Ordem dos Cavaleiros de Colombo junto com o apoio da Marist Poll, a pesquisa nacional de opinião pública operada pelo Marist Institute for Public Opinion del Marist College de Nova York.

O Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, Carl Anderson, indicou em um comunicado que “em meio às duras divisões políticas em nosso país, claras maiorias bipartidárias apoiam as restrições ao aborto e não querem que o dinheiro de seus impostos pague o aborto no exterior”.

“Nossas pesquisas demonstraram consistentemente ao longo da última década que as políticas que promovem o aborto pago pelos contribuintes são controversas e estão fora de sintonia com a opinião pública norte-americana”, acrescentou.

De acordo com a pesquisa, a grande maioria (77%) indicou que se “opõe” ou “se opõe veementemente” ao uso de impostos para pagar procedimentos de aborto em todo o mundo. Apenas 19% dos pesquisados ​​apoiavam o financiamento público do aborto no exterior.

Além disso, revelou que a maioria dos norte-americanos é a favor de importantes restrições ao aborto. Mais de três quartos dos entrevistados (76%) indicaram que desejam que o aborto seja proibido ou limitado aos primeiros três meses de gravidez, no máximo.

Enquanto isso, uma maioria menor (58%) dos entrevistados se opôs ao aborto financiado pelos contribuintes nos Estados Unidos.

A pesquisa revelou que vários norte-americanos são a favor dessas restrições ao aborto no exterior, apesar de se identificarem como “prochoice” (pró-escolha), termo usado nos Estados Unidos para se referir aos que são a favor do aborto.

Um pouco mais da metade dos entrevistados ​​(53%) indicaram que eram a favor do direito de escolha, mas entre este subconjunto, quase seis em cada dez ainda se opõe ao uso de impostos para financiar abortos no exterior. E entre os democratas, a maioria deles (55%) se opôs a financiar os abortos a nível internacional com impostos norte-americanos.

Em um comunicado, a editora do The Marist Poll, Dra. Barbara Carvalho, afirmou que a pesquisa de quarta-feira mostra "consenso" entre os norte-americanos sobre as restrições ao aborto.

“Embora a quantidade de pessoas que se identificam como 'pró-vida' e 'pró-escolha' tenda a flutuar com o debate público, quando se fornece uma maior variedade de opções políticas, há um forte consenso entre os norte-americanos sobre o aborto”, acrescentou.

A doutora assinalou que "os resultados da pesquisa revelam apoio às restrições ao aborto e uma aversão ao uso de fundos do contribuinte para abortos no exterior".

A pesquisa foi publicada dois dias antes da Marcha pela Vida, que ocorreu nesta sexta-feira de forma virtual devido à pandemia.

Além disso, o presidente Joe Biden assinou nesta quinta-feira, 28 de janeiro, uma ordem executiva com a qual revogou a política da Cidade do México, uma medida assinada pela administração anterior que impedia o financiamento com fundos federais de organizações abortistas fora do país.

A política, que foi originalmente aprovada pelo presidente Ronald Reagan, em 1984, foi promulgada por todos os governos republicanos e revogada por todos os governos democratas.

Durante a campanha presidencial de 2020, Biden também disse que revogaria a Emenda Hyde, que proíbe o financiamento federal de abortos nos Estados Unidos.

Anderson pediu na quarta-feira "moderação" nas políticas pró-aborto, a fim de refletir com mais precisão os desejos dos norte-americanos que querem restrições ao aborto.

“O povo norte-americano mostra consenso e moderação nesta questão, e esperamos que nossas autoridades eleitas e políticos atendam a este chamado por unidade quando há muito que nos divide em nossa política atual”, concluiu.

Publicado originalmente em CNA.

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