O Arcebispo de Nova York (Estados Unidos), Cardeal Timothy Dolan, e o presidente de In Defense of Christians (Em Defesa dos Cristãos, em português), Toufic Baaklini, pediram que tanto as autoridades norte-americanas como os moradores do país reflitam sobre a história do Natal e defendam solidariamente os cristãos perseguidos.

Em um artigo publicado no jornal norte-americano Wall Street Journal, em 16 de dezembro, o Cardeal Dolan e Baaklini encorajaram o novo governo de Joe Biden a se engajar em um trabalho humanitário pelos cristãos perseguidos em todo o mundo, indicando que o Natal é um tempo de solidariedade.

Ambos enfatizaram que milhões de cristãos perseguidos em todo o mundo têm os serviços da Igreja negados por seus governos. Pela primeira vez, disseram, os norte-americanos estão passando por uma experiência semelhante, já que as restrições da pandemia limitaram ou suspenderam os serviços no país.

“O tema da perseguição está no coração da história do Natal. A Sagrada Família foi forçada a fugir de sua terra natal devido à opressão patrocinada pelo Estado”, escreveram.

“Como cidadãos de uma superpotência global, cujos legisladores prestam contas a seus cidadãos, somos chamados a nos unir em solidariedade com os cristãos perseguidos”.

De acordo com Gregory Stanton, do Genocide Watch, grupos terroristas islâmicos como o Boko Haram mataram mais de 27 mil cristãos nigerianos desde 2009.

O Cardeal Dolan e Baaklini assinalaram que no Oriente Médio mais de um milhão de cristãos na Arábia Saudita não podem participar no culto, e as autoridades iranianas continuam perseguindo e prendendo convertidos ao cristianismo.

Do mesmo modo, indicaram o impacto do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, nas comunidades cristãs nesse e em outros países. As milícias apoiadas pela Turquia, denunciaram, oprimiram os descendentes de cristãos que sobreviveram ao genocídio armênio, realizado há um século.

O Purpurado e Baaklini pediram ao presidente eleito Joe Biden que continue com as conquistas da administração Donald Trump, promovendo a liberdade religiosa internacionalmente.

Esperamos que o presidente eleito Biden construa sobre as conquistas da administração Trump, ou seja, sua assistência aos sobreviventes do genocídio e que dê prioridade à liberdade religiosa internacional como peça central da política externa dos Estados Unidos".

“Como cidadãos cristãos norte-americanos, nunca devemos nos tornar complacentes diante da adversidade. Devemos arregaçar as mangas, organizar e defender os membros perseguidos do corpo de Cristo”, concluíram.

Publicado originalmente em CNA.

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