Dom Fabio Duque Jaramillo, Bispo de Garzón no estado colombiano de Huila, condenou a profanação cometida por um ou mais vândalos na paróquia de Nossa Senhora de Pitalito, na madrugada de 13 de dezembro. O Prelado lembrou que, segundo as normas da Igreja, os responsáveis ​​estão excomungados.

Segundo o jornal La Nación, as câmeras de segurança mostram que a profanação ocorreu à 1h35, quando algumas pessoas entraram e profanaram o Sacrário.

O cibório e as hóstias consagradas foram encontrados nos tapetes localizados na entrada do templo, onde os fiéis desinfetam os pés antes de entrar.

Em um comunicado publicado na página do Facebook da diocese, o Bispo expressou seu repúdio ao vandalismo na igreja onde desconhecidos "arrombaram a porta do tabernáculo e roubaram o cibório (vaso sagrado que contém as hóstias consagradas) e o viril (objeto sagrado que segura a hóstia para a exposição solene do Santíssimo Sacramento). Em seguida, jogaram as hóstias contidas no cibório no chão, nos tapetes de desinfecção, para roubar este objeto sagrado junto com o viril e a hóstia consagrada para a exposição ao Santíssimo Sacramento”.

“Não sei se esse ato de vandalismo é motivado pelo valor econômico dos objetos sagrados. Isso não é o que me preocupa de maneira fundamental”, continuou.

“Em nome da Igreja Católica, levanto esta voz de protesto e de condenação ao ato de profanação do templo e do tabernáculo, ato que fere os sentimentos do povo católico da Diocese de Garzón e da Igreja universal, pois todos vemos atacado o mistério central para a fé cristã: a Eucaristia, presença de Deus entre nós e prolongamento do mistério da redenção do homem”.

O Bispo explicou que as autoridades já foram informadas destes fatos e as encorajou a realizar a respectiva investigação para esclarecer as razões da profanação, que também é “uma gravíssima violação dos direitos religiosos dos cidadãos”.

“Quando os direitos de Deus são pisoteados impunemente, os direitos do homem estão em perigo”, afirmou.

O Bispo indicou que a igreja permanecerá fechada por 15 dias, até 28 de dezembro, Dia dos Santos Inocentes, durante o qual presidirá a Missa de reparação às 15h que poderá ser acompanhada nas redes sociais da Diocese de Garzón.

Dom Duque recordou também que, segundo o Cânon 1367 do Código de Direito Canônico, “o autor ou os autores desta profanação, pelo simples fato de haver realizado esta ação, estão excomungados da Igreja, visando com isso não tanto os castigar, mas o seu arrependimento”.

Com efeito, o Cânon 1367 estabelece que “quem deitar fora as espécies consagradas ou as subtrair ou retiver para fim sacrílego incorre em excomunhão latae sententiae reservada à Sé Apostólica”; o clérigo também pode ser punido com outra pena, sem excluir a expulsão do estado clerical.

O Prelado especificou que esta disposição da Igreja “é uma ocasião para o ofensor considerar a gravidade de sua falta. É importante saber que, pela gravidade da ofensa, esta excomunhão só pode ser levantada pelo Santo Padre”.

Em sua reflexão publicada no YouTube, em 14 de dezembro, o pároco da igreja, Pe. Samuel Chávarro Collazos, disse que ontem “foi um dia muito triste pela profanação ocorrida na igreja paroquial de Valvanera. Embora os objetos tenham aparecido no final do dia, houve uma profanação”.

O sacerdote disse que a profanação, como alguém comentou, é “um apelo à reflexão. Onde [o Santíssimo Sacramento] foi jogado? Onde pisamos. As pessoas vão à Missa e quantos recebem a comunhão? Um ou outro. Pisotearam Jesus. Por que não o recebem? Porque vivem em união livre, em adultério e não se preocupam em fazer a vontade de Deus”.

“Devemos reparar este templo vilmente profanado, por isso os convido à oração”, exortou o sacerdote.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Confira também:

 

Mais em