Brigilda nasceu em Durazzo (Albânia), mas quando tinha apenas 2 anos, seus pais e ela migraram para a Itália fugindo da ditadura comunista.

Sua família era muçulmana de tradição, embora não praticasse muito a religião, sua avó a ensinou a rezar a Alá e orações em árabe.

 

No entanto, Brigilda olhava para as crianças católicas com admiração e inveja, pois as via comungar. Portanto, quando tinha nove anos, disse a seus pais que queria fazer a Primeira Comunhão. "Eles responderam que me deixariam livre, mas que eu decidiria quando crescesse", explica em entrevista ao site do Opus Dei.

Anos depois, a mãe de Brigilda sofreu um grave acidente que a levou à beira da morte. Diante dessa situação extrema, Brigilda apenas rezou. "Eu não conhecia Deus, mas pedi a Ele que salvasse minha mãe", explica.

Finalmente, sua mãe foi salva, algo que os médicos consideraram "um verdadeiro milagre", e foi o momento em que Brigilda começou seu caminho pessoal para Deus.

Estudou Ciências Biológicas em Alexandria, começou a gostar muito de boxe, chegou inclusive a ser campeã nacional e conheceu seu namorado Salvatore. Cursou também um mestrado em Biologia e Biomedicina Molecular e, graças às excelentes qualificações que sempre teve, foi selecionada entre três mil candidatos para uma bolsa de estudos internacional de prestígio que lhe dava a possibilidade de obter um doutorado no exterior. Ela foi designada para a Universidade de Burgos (Espanha) para cursar seu doutorado na especialidade de Nanotoxicologia.

Estabeleceu-se nesta cidade da Espanha e descobriu que perto de sua casa tinha uma igreja católica.

No dia de seu aniversário de 25 anos, entrou na paróquia e descobriu que estavam celebrando o padroeiro. Era o dia 26 de junho, festa de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei.

Um dia, enquanto cozinhava, relata, pediu em voz alta ao Senhor: “Meu Deus, não conheço o seu Filho Jesus. Por favor, apresente-me uma pessoa cristã, cem por cento católica, que saiba explicar-me a Bíblia e especialmente a vida do seu Filho”.

Apenas três semanas depois desse momento, Brigilda conheceu Daniela, uma jovem italiana que também fazia doutorado e é membro do Opus Dei.

“Começamos falando sobre nossos trabalhos de pesquisa e, então, ela começou a falar comigo sobre o Papa Francisco, o cristianismo e Jesus Cristo. Comecei a chorar, porque nesse momento eu tive certeza de que Deus tinha ouvido a minha oração e Daniela foi o instrumento que Ele colocou no meu caminho”, disse na entrevista concedida ao site do Opus Dei.

Daniela acompanhou Brigilda à igreja que ficava perto de sua casa e na qual havia entrado no dia de seu aniversário. Era a paróquia de São Josemaria Escrivá onde trabalham sacerdotes do Opus Dei. Lá, Brigilda começou a catequese e se preparou para receber o Batismo.

Nove meses depois de começar a catequese, Brigilda pediu ao Bispo de Burgos, Dom Fidel Herráiz, para entrar na Igreja Católica. Durante a Vigília Pascal de 2019, em 20 de abril, foi batizada, recebeu a Primeira Comunhão e a Crisma.

Naquele momento, Brigilda assegura que pôde “experimentar a misericórdia de Deus Pai, ver e reconhecê-lo assim, dispensador de um Amor Infinito para todos os homens. E, depois, a figura de Jesus, desse Deus feito homem que veio para dar a sua vida em expiação por todos os nossos pecados. Lembrei-me então daquelas palavras de Santo Agostinho: Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Jesus me libertou de todos os meus sentimentos de ressentimento, aprendendo a perdoar aqueles que me feriram. Agora, muitas vezes pergunto-me, como consegui viver 26 anos sem Ele?”.

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