Lisboa, 5 de nov de 2020 às 12:50

O Bispo de Beja, em Portugal, Dom João Marcos expressou a sua preocupação com as vocações sacerdotais na Diocese, uma vez que o seminário local possui apenas um aluno que será ordenado em breve; por isso, pediu oração aos fiéis.

Em uma nota dirigida aos diocesanos, Dom João Marcos conta que “o Seminário Diocesano Nossa Senhora de Fátima de Beja tem apenas um único aluno, o Nuno, no último ano. Em princípio será ordenado diácono no próximo mês de julho, e presbítero no ano pastoral seguinte”.

Diante disso, afirma não poder esconder “a grande preocupação” que representa para ele “a atual situação das vocações sacerdotais na Diocese”.

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“Sabeis o que significa a ausência de vocações sacerdotais e de consagração ao Senhor na vida religiosa?”, questiona o Prelado.

Dom João Marcos explica, então, que isso “pode significar, por exemplo, que é fraca a nossa vivência da vida cristã, pois não faltam essas vocações onde há cristãos autênticos, movidos pelo amor ao Senhor Jesus Cristo”.

Nesse sentido, indica que é necessário pedir ao Senhor “com insistência que envie trabalhadores para a seara desta sua e nossa Diocese de Beja”. Entretanto, ressalta, “precisamos também de propor aos jovens esse Seu chamamento”.

“Sejamos instrumentos de Cristo que hoje continua a chamar, como outrora chamou os Apóstolos. Chamou os que quis, e eles foram ter com Ele, podemos ler no Evangelho. Chamou, e continua a chamar, aqueles que ama”, afirma o Bispo.

Dom João Marcos reconhece que “ser padre não é, humanamente, o mais fácil”. “Não é fácil ficar solteiro, solteiro toda a vida, sem mulher e sem filhos, permanecendo em Jesus e como Jesus, apenas filho e irmão, e encontrando uma felicidade profunda em dar a vida, em perder a nossa vida servindo, por amor de Jesus, o crescimento espiritual dos nossos irmãos”, diz.

No entanto, expressa que “ser padre não significa renunciar ao amor e ficar estéril”. Segundo o Prelado, “ser padre é ser pai, é viver amando e sendo amado, no Senhor, por esses filhos e filhas que nos reconhecem como seus pais espirituais. Ser padre é presidir, como cabeça, às comunidades cristãs nas quais o Espírito Santo faz crescer e frutificar a vida cristã”.

“O Senhor chamou os que quis. Alguns deles eram pescadores, outros publicanos e, de outros, apenas o nome nos chegou. Foram ter com Jesus, com Aquele que é a fonte da Vida, e as suas vidas foram transformadas, por essa convivência com Ele, em rios que levaram a Vida Eterna ao mundo inteiro”, assinala.

Dirigindo-se aos jovens, o Prelado, então, os exorta a escutar “o chamamento que o Senhor” faz e a pensar “na graça enorme que é” ser “amigo e colaborador de Jesus”. “E se sentes que Ele te chama, responde-lhe: aqui estou, Senhor!”, conclui a nota.

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