A cura de um menino brasileiro que sofria de uma anomalia congênita rara foi o milagre reconhecido pelo Vaticano que levará à beatificação de Carlo Acutis, no próximo sábado, 10 de outubro.

O pequeno Matheus sofria de pâncreas anular, uma doença que fazia com que ele vomitasse tudo o que ingeria, e ficou milagrosamente curado após pedir para “parar de vomitar” diante de uma relíquia do futuro beato.

Após a publicação, no início deste ano, do decreto que autorizou a promulgação do milagre atribuído à intercessão jovem Carlo Acutis, o vice-postulador da causa no Brasil, Padre Marcelo Tenório, relatou por meio do Facebook como ocorreu o milagre, na cidade de Campo Grande (MS).

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Publicado por Marcelo Tenorio em Terça-feira, 3 de março de 2020

“No dia 12 de outubro de 2013, na capela de Nossa Senhora Aparecida, de nossa Paróquia, no momento da Bênção com a Relíquia, aproximou-se um garoto, levado por seu avô e que sofria o drama do pâncreas anular, que trata-se de uma anomalia congênita rara”, recordou.

Segundo o sacerdote, “essa enfermidade fazia com que a criança vomitasse todo tempo o que a deixava fraca e muito abatida, pois tudo o que comia, voltava, inclusive líquido. Já andava com uma toalhinha, porque era grave a sua situação. Cada vez mais fraco, debilitado, encontraria a morte certa”.

“Na fila para bênção, a criança ao tocar na relíquia, espontaneamente faz seu pedido : ‘para parar de vomitar’, e assim aconteceu, não vomitou mais”, relatou.

De acordo com o vice-postulador, “em  fevereiro de 2014, a família mandou fazer novos exames no garoto e foi-lhe constatado a plena cura”.

Hoje, Matheus tem 9 anos e mora em Campo Grande com os avós, Solange Lins Viana, de 62 anos, e Elias Verão Viana, de 75 anos, a mãe Luciana Viana, de 37, e o irmão Ângelo, de 13 anos.

Em entrevista ao site Campo Grande News, a avó do menino, Solange Lins, recordou que desde bebê ele vomitava muito e demoraram para chegar ao diagnóstico de pâncreas anular.

Explicou que o pâncreas anular dá uma volta no estômago causando, em alguns casos, o fechamento completo da entrada de alimento. “No caso de Matheus, o fechamento estava próximo e nós achamos que ia perdê-lo”, disse.

Por sua vez, a mãe do menino, Luciana Viana, contou que, até os 4 anos, ela carregava seu filho “como um bebê no carrinho”. “Então, o Matheus é a prova viva da cura, não precisa falar mais nada”, disse.

“Eu lembro que no dia da cura, estávamos eu, Matheus e meu pai na fila. Meu pai pediu para pegá-lo no colo e eu expliquei o que era uma relíquia e que as pessoas beijavam e faziam um pedido. Eu expliquei que a relíquia era um pedacinho de Carlo Acutis e que ele poderia pedir o que quisesse”, contou a mãe a Campo Grande News.

Luciana recordou que já tinha combinado com seu pai de pedirem pela cura de Matheus. “Mas como ele estava no colo, chegou na frente e soltou um: parar de vomitar”.

Exames posteriores comprovaram que o menino não tinha mais pâncreas anular.

Para a avó de Matheus, a família teve “duas alegrias até agora, uma quando comparamos os exames e outra com a notícia do Vaticano”.

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