No domingo, 13 de setembro, é celebrada a Coleta pela Terra Santa. Normalmente ocorre na Sexta-Feira Santa, mas devido às restrições derivadas da pandemia da COVID, o Papa Francisco decidiu alterá-la para esta data, para que pudesse ser realizada com segurança. É uma ajuda essencial para que os cristãos continuem vivendo na terra de Jesus, onde são minoria.

Frei Salvador Rosas, Guardião do Santo Sepulcro de Jerusalém, explicou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que atualmente “a Basílica do Santo Sepulcro e os lugares santos estão praticamente vazios. Faltam nossos peregrinos, os poucos cristãos que os visitam são os que moram aqui, que são cristãos de nascimento ou estrangeiros que residimos em Jerusalém”.

Isso significa que as famílias que dependem da presença de cristãos peregrinos, como guias, hoteleiros, vendedores ... até mesmo os não cristãos, estão “sofrendo essas calamidades. Acreditamos que tempos melhores virão, que retomaremos o ritmo de vida saudável, o movimento e, quando a movimentação seja possível, a nossa realidade melhore”.

Nesse sentido, Frei Salvador incentivou a colaborar com a coleta em favor da Terra Santa “que se celebra em memória dos lugares onde Cristo entregou a vida por nós. E cristãos de todo o mundo se unem em oração e em apoio financeiro em favor dos cristãos que realizam suas obras ali”.

Por isso, assegurou que “os frades franciscanos, que há 800 anos guardam os lugares santos, têm diferentes apostolados, como a custódia dos lugares santos que nos recordam a nossa redenção. Mas, como somos uma parte importante desta sociedade, também temos o prazer de dizer que contribuímos com as novas gerações através das escolas que cristãos e muçulmanos podem frequentar, porque estão abertas a todos. Através do estudo e da formação com os valores do Evangelho e os valores universais, para o bem da sociedade”.

Diante das dificuldades enfrentadas pelos cristãos na Terra Santa, muitos deles decidem emigrar e “deixam esses lugares devido à falta de oportunidades e de trabalho. É por isso que a custódia, além de formar os jovens, procura também ajudar as famílias fornecendo-lhes casas ou quartos. Atualmente, mais de 2 mil famílias se beneficiam desta oportunidade de ter uma casa na Terra Santa e, portanto, não ter que emigrar.

Do mesmo modo, encorajou "a sustentar a Igreja mãe de Jerusalém apesar dos obstáculos" "e através de sua generosidade para que os cristãos na terra de Jesus, que estamos sofrendo há 6 meses sem peregrinos, possamos encontrar uma luz".

Segundo a situação da pandemia do coronavírus, cada país adotou uma modalidade diferente para comemorar este dia importante.

“Agradeço-lhes pela ajuda financeira para a Terra Santa, e desejo confiar às suas orações as intenções daqueles que vivemos neste lugar santo, nas nossas orações que não foram interrompidas, embora alguns santuários tenham sido fechados, embora tenha havido dificuldades, as nossas orações foram mais intensas para que toda essa situação nos deixe uma lição e fique no passado o mais rápido possível”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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