Em apenas um ano desde que o aborto foi legalizado na Irlanda, o Ministério da Saúde do país informou que gastou mais de 3 milhões de dólares para a prática de abortos antes da nona semana de gestação.

Em resposta à deputada Carol Nolan, o ministério observou que só em 2019 o país pagou 2,9 milhões de euros (aproximadamente 3,4 milhões de dólares) em pagamentos aos médicos que realizaram abortos antes da nona semana de gestação.

O grupo pró-vida Life Institute disse a Gript que este valor revela a prioridade do governo em financiar o aborto em vez de apoiar as mulheres e os nascituros.

“Os médicos de família recebem para fazer um aborto quase o dobro do que ganhariam para cuidar de uma mulher durante a gravidez”, lamentou. “Para alguns médicos, o aborto é claramente um negócio lucrativo”, acrescentou.

A Associação Nacional de Médicos de Família informou que o ministério paga aos médicos 450 euros por cada aborto e apenas 250 euros para cuidar da mãe durante a gravidez.

Em declarações à Gript, Nolan disse que o valor disponibilizado pelo Governo em pagamentos por aborto é surpreendente, especialmente “se considerarmos que um valor quase igual (3,1 milhões de euros) foi designado para a implementação do todo o Programa Nacional de Saúde da Mulher e da Criança (NWIHP) em 2019”.

Este valor “refere-se apenas a abortos que ocorreram com 9 semanas ou menos em um ambiente comunitário. Não leva em conta os custos associados aos 'serviços' de aborto realizados após as 9 semanas e que devem ser realizados em maternidades”, acrescentou.

Em maio de 2018, os irlandeses votaram pela revogação de uma emenda que protegia mães e crianças em gestação. Depois disso, os legisladores aprovaram uma lei que permite o aborto no país.

Na Irlanda, o aborto cirúrgico pode ser realizado até a 12ª semana de gestação e após esse período sua prática é restrita a “circunstâncias excepcionais”.

De acordo com dados oficiais, no primeiro ano após a declaração da nova lei, um total de 6.666 abortos foram realizados na Irlanda.

A deputada advertiu que as informações sobre os gastos feitos pelo ministério e o recente relatório sobre o número de abortos em 2019, dá uma "noção emergente de quanto o aborto vai 'custar' em termos de vidas humanas e recursos financeiros que poderiam ser gastos para melhorar a comunidade”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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