Perto da celebração do Dia internacional de ação pelas Duas Vidas (8A), o sacerdote argentino Leandro Bonnin lembrou que o aborto é um homicídio intrauterino e destacou que chamá-lo de "interrupção voluntária da gravidez" é uma manipulação da linguagem.

No dia 8 de agosto (8A) comemora-se o Dia Internacional de Ação pelas Duas Vidas, que lembra o debate histórico que impediu a descriminalização do aborto na Argentina e que gerou no país o nascimento do movimento pró-vida chamado Ola Celeste (Onda Celeste, em português), consolidado através de diferentes organizações civis em outros países da América Latina.

Esta celebração será realizada pelo segundo ano no país para lembrar a importância do respeito à vida humana em todas as fases de seu desenvolvimento, desde a concepção até a morte natural.

Por meio de um vídeo, Pe. Bonnin destacou que os grupos que promovem o aborto usam a manipulação da linguagem com "expressões eufemísticas", isto é, com palavras que parecem boas para esconder informações.

"Costumam falar então de interrupção voluntária da gravidez, focando a atenção no processo que a mulher vive, a gravidez, e deixando de lado o feto que está sendo gerado em seu ventre", indicou.

O sacerdote ressaltou que chamar o aborto dessa maneira esconde sua verdadeira natureza, uma vez que a gravidez não pode ser interrompida, pois é impossível retomá-la depois que seu final foi forçado.

O aborto, assinalou, é "voluntário" apenas no caso da mãe, mas não do bebê que carrega no ventre, que não é questionado sobre se deseja deixar de viver.

"Não se acaba apenas com a gravidez, mas com a vida de uma pessoa humana nos estágios iniciais de seu desenvolvimento", acrescentou.

Da mesma forma, o sacerdote lamentou que as pessoas usem a frase "interrupção legal da gravidez" para se referir ao aborto, já que na Argentina não é legal terminar com a vida de um nascituro.

"A lei declara que a pessoa tem direito à vida e que ela é uma pessoa desde a concepção, que, portanto, continua sendo um crime interromper, destruir, aniquilar a vida dessa pessoa", acrescentou.

Por fim, o Pe. Bonnin destacou que “a maneira autêntica de definir o aborto é o homicídio intrauterino” e enfatizou que, infelizmente, esse fato reflete que na Argentina o lugar mais inseguro é o útero.

"Não vamos permitir que esses homicídios continuem, vamos oferecer a todas as mulheres a possibilidade de continuar a gestação daquele que carregam em seu ventre como o santuário da vida", concluiu.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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