O Papa Francisco expressou seu pesar pela morte nesta sexta-feira, 17 de julho, do Cardeal polonês Zenon Grocholewski, Prefeito Emérito da Congregação para a Educação Católica.

Em um telegrama enviado ao irmão do Cardeal, o Pontífice expressa sua proximidade com a família do Prefeito Emérito “pelo luto que afetou aqueles que conheceram e estimaram o purpurado. Recordo com gratidão o benemérito trabalho por ele realizado quer como apreciado docente de Direito Canônico nas Pontifícias universidades Gregoriana e Lateranense, quer como autor de numerosas publicações científicas”.

“Ele, em particular, dedicou-se generosamente a serviço da Santa Sé, inicialmente como secretário e prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, e mais tarde na qualidade de prefeito da Congregação para a Educação Católica".

Nesses âmbitos, “ele deu testemunho de zelo sacerdotal, de fidelidade ao Evangelho e de edificação da Igreja. Enquanto elevo minha oração ao Senhor Jesus, para que ele dê ao cardeal falecido o prêmio eterno prometido a seus discípulos, envio ao senhor e àqueles que choram sua partida a Bênção Apostólica”, finaliza o telegrama do Papa Francisco.

Amanhã, sábado, 18 de julho, às 11 horas (horário de Roma), será celebrada a Missa fúnebre do Cardeal Zenon Grocholewski no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia será presidida pelo Cardeal Leonardo Sandri, vice-decano do Colégio de Cardeais, juntamente com os cardeais presentes em Roma. Ao finalizar a celebração, o Papa Francisco presidirá o ritual da "Ultima Commendatio" e “della Valedictio".

O Cardeal Zenon Grocholewski nasceu em 11 de outubro de 1939 em Bródki, Polônia. Após finalizar seus estudos filosóficos e teológicos no Seminário Arquidiocesano de Poznan, foi ordenado sacerdote em 27 de maio de 1963.

Seus três primeiros anos como sacerdote, realizou seu trabalho pastoral na paróquia de Cristo Rey de Poznan. Em 1968, formou-se em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 1972, obteve o doutorado. Dois anos depois, obteve o diploma de Advogado da Rota.

De outubro de 1972 a novembro de 1999, seu trabalho principal foi realizado no Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica como funcionário, chanceler, secretário e Prefeito. Em 1977, foi nomeado Capelão de Sua Santidade.

Em 6 de janeiro de 1983, recebeu de João Paulo II a ordenação episcopal como Bispo Titular de Agropoli, que implica a dignidade arcebispal. Em 15 de novembro de 1999, João Paulo II o nomeou Prefeito da Congregação para a Educação Católica, cargo que também implica o do Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Gregoriana e do Pontifício Instituto Bíblico e de outros institutos pontifícios.

Desempenhou vários cargos na Cúria Romana e no âmbito universitário. Fez parte da comissão encarregada de elaborar o novo Código de Direito Canônico; da comissão que se encarregou da reforma da Cúria Romana; da comissão disciplinar da Cúria Romana; foi presidente da comissão para os advogados da Santa Sé.

De 5 de outubro de 1998 a 15 de novembro de 1999, foi Presidente do Tribunal de Cassação da Cidade do Vaticano.

Lecionou aulas de direito tanto na Pontifícia Universidade Gregoriana e na Pontifícia Universidade Lateranense. Sua grande atividade intelectual levou-o a publicar mais de 550 obras em doze idiomas: latim, polonês, italiano, alemão, francês, inglês, eslovaco, espanhol, português, tcheco, húngaro, holandês e maltês.

João Paulo II o criou Cardeal no Consistório em 21 de fevereiro de 2001 e participou do conclave de abril de 2005 no qual o Papa Bento XVI foi eleito e no de março de 2013 no qual o Papa Francisco foi eleito.

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