Em 29 de junho, foi anunciada a criação da Conferência Eclesial da Amazônia, vinculada à presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).

O novo organismo será presidido pelo cardeal Claudio Hummes, do Brasil, e terá como vice-presidente Dom Martínez de Aguirre, Vigário Apostólico de Puerto Maldonado (Peru).

Segundo o Vatican News em espanhol, "a Conferência nasce acolhida pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), que a anexa à sua presidência e assegura a sua autonomia funcional".

Além disso, destaca: "a partir do CELAM, esta Conferência desenvolve seus vínculos com as Conferências Episcopais e outros órgãos eclesiais".

Os documentos que concretizarão o novo organismo deverão ser apresentados em breve ao Vaticano para a aprovação do Papa Francisco, e ainda não foi divulgada nenhuma informação referente a uma possível sede ou financiamento do organismo.

A Conferência Eclesial da Amazônia será integrada por um bispo por cada país com território amazônico, que são 9 no total. No caso do Brasil, haverá dois representantes.

Também haverá representantes da Cáritas da América Latina e do Caribe, da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR) e da Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), além de três representantes dos povos originários.

O novo órgão contará com a presença de autoridades do Vaticano, como o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri; o prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet; o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Luis Tagle; e o subsecretário do Dicastério para o Serviço Integral de Desenvolvimento Humano, Cardeal Michael Czerny.

Em um comunicado, Dom Miguel Cabrejos Vidarte, Presidente do CELAM, e o Cardeal Claudio Hummes, Presidente da REPAM e da Conferência Eclesial da Amazônia, asseguraram que o novo organismo responde aos Padres sinodais do Sínodo da Amazônia, bem como à exortação pós-sinodal Querida Amazônia do Papa Francisco.

"Esta Assembleia, realizada de forma sem precedentes através de canais digitais, foi uma novidade do Espírito, e faz parte deste Kairós esperançoso que continua o caminho sinodal para abrir novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral na região PanAmazônica", acrescentaram.

Diante dos tempos da pandemia de coronavírus COVID-19, que causou mais de 500 mil mortes em todo o mundo, “a Conferência Eclesial da Amazônia quer ser uma boa notícia e uma resposta oportuna aos gritos dos pobres e da irmã mãe Terra”, assinalaram.

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