Vaticano, 2 de jun de 2020 às 10:40

Por ocasião da Solenidade de Pentecostes, o Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo ao movimento The Kingdom Come, promovido pelo Arcebispo da Cantuária, Justin Welby, máxima autoridade religiosa da Igreja da Inglaterra depois da rainha, e enfatizou que "somente caminhando juntos chegaremos longe”.

Segundo explicou o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, por meio de um comunicado de imprensa, trata-se de uma maneira de apoiar uma iniciativa que busca promover a unidade dos cristãos, “pela qual Cristo rezou durante a Última Ceia".

Na mensagem, o Pontífice lamenta que "hoje estamos testemunhando uma trágica carência de esperança" agravada pela pandemia de coronavírus: "Quantas feridas, quantos vazios, quanta dor sem consolo!".

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"Façamo-nos intérpretes do consolo do Espírito, transmitindo esperança, e o Senhor abrirá novos caminhos ao longo de nosso caminho", assegurou.

Afirmou que “eu gostaria que nós, como cristãos, fôssemos ainda mais unidos, testemunhas de misericórdia para a humanidade duramente provada. Peçamos ao Espírito o dom da unidade, porque só difundiremos a fraternidade se vivermos como irmãos entre nós”.

"Não podemos pedir à humanidade que esteja unida se nós percorremos caminhos diferentes", assegurou o Papa. Portanto, "rezemos uns pelos outros, vamos sentir-nos responsáveis uns pelos outros".

"O Espírito Santo dá sabedoria e conselho. Vamos invocá-lo nestes dias, especialmente sobre todos os que tiveram que tomar decisões delicadas e urgentes, para que protejam a vida humana e a dignidade do trabalho”.

O Papa pediu "um olhar rico de humanidade" nos cristãos. “Não se pode voltar a buscar o próprio sucesso sem se preocupar com quem ficou para trás. Mesmo que muitos ajam assim, o Senhor nos pede para mudar de direção”.

“Precisamos voltar a caminhar em direção a Deus e ao próximo, sem estar separados, sem estar anestesiados diante do grito dos esquecidos e do planeta ferido. Precisamos nos unir para enfrentar as pandemias que nos aguardam: a do vírus, mas também a da fome, a das guerras, a do desprezo pela vida, a da indiferença", concluiu.

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