O Arcebispo Emérito de Caracas, Cardeal Jorge Urosa, exigiu a libertação de Alfredo Coronil Hartman e Robert Gilles Redondo, dois analistas políticos da oposição que foram presos pelo regime de Nicolás Maduro na noite de domingo, 8 de março.

“Soube que o Dr. Alfredo Coronil Hartman e o Dr. Robert Gilles Redondo, analistas políticos da oposição, estão presos desde ontem em El Helicoide. O motivo apresentado é ‘para averiguações’. Soube que eles estavam até meio-dia de hoje em boas condições”, escreveu o Purpurado em uma carta publicada em 9 de março.

O Cardeal Urosa exigiu que "a integridade pessoal desses dois venezuelanos e de todos os prisioneiros, tanto comuns como políticos, seja respeitada". "Liberdade para Alfredo Coronil e Robert Gilles!", escreveu.

O Arcebispo Emérito de Caracas também aproveitou a oportunidade para detalhar várias preocupações sobre a prisão inesperada. Entre elas, "houve muitos casos de violações sérias e gravíssimas dos direitos humanos de alguns detidos".

O Purpurado assinalou que a situação de ambos os analistas é "uma agressão aos direitos políticos, à liberdade de informação e à liberdade de opinião".

A grave crise humanitária na Venezuela, causada pelo regime de Nicolás Maduro, tem várias manifestações, como a violência, a falta de água e energia elétrica, a grave escassez de alimentos e remédios. Segundo a OEA, o número de venezuelanos que fogem do país chegará a seis milhões até o final de 2020.

Em diferentes ocasiões, os bispos do país solicitaram novas eleições livres e uma nova liderança para o país, um pedido apoiado pela Santa Sé.

Em mais de uma ocasião, o Cardeal Urosa solicitou que Maduro deixe o poder pacificamente, porque seu projeto fracassou e ele não tem capacidade para liderar o país.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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