“Os jovens vietnamitas se sentem atraídos pela vida monástica”, afirmou Pe. Gioan Baotixita Dung, monge cisterciense da abadia de Nossa Senhora de Phuoc Son (Vietnã), o qual acrescentou que o passado de perseguição na história do país tem um papel importante quando um jovem decide ingressar no mosteiro, pois os leva a tomar decisões radicais na vida.

‘Asia News’ informou que a abadia de Nossa Senhora de Phuoc Son, localizada perto de Vung Tau, a 70 quilômetros ao sul de Ho Chi Minh City (Vietnã), vive hoje o surgimento de muitas vocações jovens, pois 80 dos 220 monges que vivem neste local são noviços e postulantes.

Como todo mosteiro beneditino, os monges trabalham para prover alimentos e para doá-los aos pobres; do mesmo modo, realizam tarefas de lavanderia, cozinha e limpeza. A abadia também hospeda fiéis locais para exercícios espirituais.

Seu fundador foi Pe. Henri Denis (1880-1933), que chegou ao Vietnã como missionário das Missões Estrangeiras de Paris e optou pela vida monástica com o nome de Benoit Thuan, para reunir jovens atraídos pela vida austera e comunitária no mosteiro, localizado na época na Diocese de Hue (Vietnã Central). Com a divisão do país entre sul e norte, os monges se mudaram para o sul.

A vida monástica atravessou dificuldades com a reunificação do país em 1975, pois o regime comunista proibiu a vida em comum. Além disso, alguns monges foram presos e muitos outros tiveram que viver sua vocação com suas famílias e só tinham encontros ocasionais com outros religiosos.

Foi assim até 1986, quando a campanha de reformas econômicas levou também a uma maior liberdade religiosa que permitiu o florescimento de muitas vocações.

Atualmente, no Vietnã há nove mosteiros cistercienses masculinos e três femininos e, segundo as estatísticas publicadas pela Ordem em 2015, há cerca de 1002 monges e 244 monjas cistercienses no total.

Os restos mortais de Pe. Denis descansam no jardim da Abadia de Phuoc Son e está em andamento uma causa de beatificação.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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