Huma Younas é uma jovem cristã do Paquistão de apenas 14 anos. No dia 10 de outubro, foi sequestrada por Abdul Jabbar, um muçulmano que a forçou a se converter ao islã e a se casar com ele. A família de Huma lançou um chamado ao Papa Francisco e à comunidade internacional para conseguir sua libertação e tem o apoio da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

“Frequentemente, os sequestradores ameaçam os familiares de acusá-los de blasfêmia, algo que no Paquistão leva à pena de morte”, explica a advogada católica Tabassum Yousaf, encarregada do caso de Huma Younas.

A advogada explicou à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre que “os cristãos, em sua maioria, são analfabetos e não conhecem seus próprios direitos e são muito pobres para suportar os gastos legais para levar o caso aos tribunais. Assim, é fácil para os sequestradores, muitas vezes até mesmo os gentes de polícia, além de desanimar os pais, indicam aos sequestradores escapatórias legais”.

Diversos meios internacionais repercutiram o caso de Huma e o pedido lançado por seus pais tanto ao Papa Francisco como à comunidade internacional para ajudar em sua libertação.

Alessandro Monteduro, diretor da ACN Itália, assegurou que “sustentaremos todos os gastos legais da família, para que, por uma vez, os cristãos do Paquistão possam ter justiça. Nossa esperança é que uma possível solução favorável do caso possa desencorajar novas conversões forçadas de jovens cristãs”.

O caso foi apresentado em cinco ocasiões ao Tribunal de Karachi (Paquistão), onde Abdul Jabbar foi denunciado por sequestro, conversão forçada e casamento forçado.

Por sua vez, o sequestrador recorreu à Suprema Corte pedindo que a jovem seja libertada de seus pais, porque assegura que ela é maior de idade.

Entretanto, Huma tem apenas 14 anos e a família apresentou as certidões de nascimento e batismo da jovem, que atestam que nasceu em 2005 e não pode ser retirada desse modo de sua família.

Em declarações à Fundação ACN, a advogada explicou que os pais de Huma Younas foram ameaçados de ser acusados de blasfêmia se não pararem de procurar sua filha.

“Lamentavelmente, no Paquistão, mesmo que se tenha razão, não é fácil obter justiça”, assegurou a advogada Tabassum Yousaf.

Por isso, ACN Itália assegura que é fundamental o envolvimento dos políticos e meios de comunicação, especialmente os locais, que por enquanto mantiveram silêncio sobre o caso de Huma. “Se ninguém intervier em nível local, há o risco de que Huma não possa voltar nunca mais para casa”, assegurou a advogada.

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