O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, advertiu que, ao oferecer cuidados e ajuda a idosos e pessoas doentes, devem ser evitadas atitudes utilitárias.

"A fragilidade e vulnerabilidade das pessoas necessitadas de cuidados paliativos e de outra natureza nunca deveria nos permitir uma atitude meramente utilitária na hora de apoiá-los”, assinalou.

O Cardeal Parolin se expressou assim na mensagem que enviou nesta quarta-feira, 11 de dezembro, aos participantes do Simpósio Internacional "Religião e Ética Médica" que, com o tema "Cuidados Paliativos e Saúde Mental durante o envelhecimento", está acontecendo em Roma.

Em sua mensagem, destacou o caráter inter-religioso e ecumênico do evento co-patrocinado pela Pontifícia Academia para a Vida e pela World Innovation Summit for Health, com a participação de especialistas de diferentes religiões.

Destacou que o Simpósio "busca situar os idosos (especialmente aqueles que sofrem de doenças mentais e aqueles que estão nas últimas etapas da vida) no centro de nossos debates".

"Tragicamente, são frequentemente ignorados, rejeitados ou, inclusive, descartados com uma atitude de abandono, que supõe uma real e oculta eutanásia”, lamentou.

Assinalou que "daí vem a necessidade urgente de encontrar apoios sólidos para a sua dignidade dada por Deus na visão ética e espiritual compartilhada pelas diferentes religiões".

O Cardeal Parolin finalizou expressando que espera “que essa cooperação ecumênica e inter-religiosa, evidente neste Simpósio, continue sendo frutífera na defesa do cuidado a que os idosos têm direito e na construção de uma cultura do encontro e de aceitação daqueles que não são estimados e queridos”.

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