A iniciativa "Amazônia: Casa Comum", realizada em Roma no contexto do Sínodo da Amazônia, emitiu um comunicado em resposta ao roubo de cinco esculturas em madeira de uma polêmica imagem feminina em sua sede na igreja de Santa Maria em Traspontina, por desconhecidos que, depois, se filmaram jogando-as no rio Tibre.

“Lamentamos profundamente, e por isso denunciamos, que nos últimos dias fomos vítimas de atos de violência, que refletem a intolerância religiosa, o racismo, atitudes vexatórias que, sobretudo, afetam aos povos indígenas e demonstram uma falta de capacidade para construir novos caminhos para a renovação da nossa Igreja”, indicam no comunicado.

As imagens roubadas e jogadas no rio mostram uma mulher grávida nua que, segundo alguns, representaria "Nossa Senhora da Amazônia", embora outros tenham afirmado que é um símbolo da fertilidade e da mãe terra.

A imagem foi vista pela primeira vez durante o evento celebrado nos Jardins do Vaticano, em 4 de outubro, por ocasião da festa de São Francisco de Assis. Depois, foi vista novamente na cerimônia de abertura do Sínodo e ficou instalada definitivamente na Igreja de Santa Maria em Transpontina, onde diariamente se realizam os “Momentos de espiritualidade amazônica”. 

No comunicado da "Amazônia: Casa Comum" também alertam que "estes atos podem se repetir ou subir seu tom, gerando outras situações. Nossa presença e iniciativas foram em todo momento realizadas de forma pacífica, sempre em atitude orante e pedindo a ação do Espírito neste processo sinodal. Não vamos responder a estas atitudes de violência e na fidelidade ao Evangelho reconhecemos e respeitamos a diversidade de outras expressões de encontro com Cristo”.

“Confiamos que o chamado do Evangelho de Cristo é para que todos, sem exceção, e como membros da Casa Comum, caminhemos para ser uma Igreja unida em nossas diversidades. Chamamos a todas as pessoas de boa vontade para que permaneçam unidas e a mantermos o compromisso e esperança pela defesa da vida e da Amazônia”, conclui o comunicado.

A "Amazônia: Casa Comum" é promovida, entre outras instituições, pela Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM).

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