Diante dos ataques realizados por feministas violentas na Catedral Metropolitana, em 28 de setembro, o Arcebispo Primaz do México, Cardeal Carlos Aguiar Retes, pediu para defender "o diálogo, a tolerância e o amor".

Em uma mensagem publicada em sua conta oficial do Twitter, na noite de 28 de setembro, o Cardeal Aguiar Retes assinalou: “saúdo e reconheço todas as pessoas que se juntaram hoje para rezar e cuidar dos templos no centro da Cidade do México, assim como para fazer valer o direito de protestar em liberdade e em paz”.

"A Igreja rejeita categoricamente todas as formas de confronto violento entre mexicanas e mexicanos, por diversas que sejam suas ideias ou modos de pensar", acrescentou.

"Defendamos o diálogo, a tolerância e o amor ao próximo como ferramentas para construir o país de todas e todos", afirmou.

Na tarde de 28 de setembro, um coletivo feminista, no âmbito de sua marcha para promover a legalização do aborto em todo o país, atacou a Catedral do México, tentou incendiá-la e realizou pichações em sua cerca externa e nos arredores. A tentativa de incêndio foi freada pelos bombeiros locais e a polícia finalmente protegeu o templo.

 

A publicação do Cardeal contradiz o comunicado publicado pela Arquidiocese, no dia 27 de setembro, no semanário arquidiocesano ‘Desde la Fe’, no qual manifestava distância das campanhas convocadas nas redes sociais e nos serviços de mensagens para defender os templos, diante das ameaças dos abortistas.

Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, Javier Rodríguez, diretor de Comunicação da Arquidiocese do México, justificou o comunicado que saiu de encontro às mensagens que sacerdotes locais haviam recebido, nas quais "se convocava a defender os templos inclusive armados".

No entanto, desde a manhã de 27 de setembro, as igrejas do Centro Histórico da Cidade do México acordaram com grupos de católicos reunidos pacificamente como um “muro humano” para defendê-los contra qualquer vandalismo nas mãos de abortistas.

Ao pé da igreja de São Francisco e do vizinho Templo Expiatório Nacional de São Felipe de Jesus, vandalizado com pichações, em 8 de março, dezenas de católicos rezaram o Terço, gritaram "Viva Cristo Rei!", enquanto as abortistas gritavam “tirem seus rosários de nossos ovários”.

O secretário-geral da Conferência do Episcopado do México (CEM), Dom Alfonso Miranda, também através do Twitter, disse que “somos solidários e nos juntamos ao Cardeal Carlos Aguiar, Arcebispo do México, diante dos infelizes atos de violência cometidos fora da Catedral do México. 'Não permita, Senhor, que nos deixemos vencer pelo mal, antes, dai-nos a tua força para que vençamos o mal com a força do bem’”.

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Em diálogo com ACI Prensa, Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional para a Família (FNF), destacou o “grande contraste entre o que foi o vandalismo e os ataques a templos religiosos pelas feminazis” e “o que é ums marcha pacífica e cívica, em favor das duas vidas, em Mérida, Yucatán, onde 20 mil pessoas se juntaram às quase 600 mil pessoas que, em 21 de setembro, se manifestaram em mais de 100 cidades em toda a República Mexicana, também de maneira cívica e pacífica”.

Cortés também incentivou as autoridades mexicanas, especialmente Claudia Sheinbaum, governadora da Cidade do México, a “fazer o que tem que fazer: cumprir a lei e proteger os dois templos físicos, destinados a cultos, como exercício fundamental da crença religiosa”.

"Exijamos de maneira muito específica que Claudia Sheinbaum e as autoridades do México cumpram seu dever: que a lei seja respeitada e que os direitos fundamentais sejam respeitados", afirmou.

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